Cresci ouvindo que o mundo acabaria em 2002. Depois veio 2012, com direito a filme mostrando tudo indo pelos mares. Mas o mundo continuou — ou será que não?
De certa forma, ele vem acabando aos poucos. Muita gente perdeu a vida por ganância, pobreza ou simplesmente por não ser reconhecida. A ficção mostrou o planeta submerso, e nós vimos isso se tornar realidade.
Em 1941, no Rio Grande do Sul, uma enchente marcou a história. Décadas depois, em 2024, o cenário se repetiu — ainda pior. As águas subiram além do esperado, destruíram casas e sonhos. A diferença? O povo ajudou o próprio povo. Enquanto políticos faziam vídeos para se promover, a solidariedade verdadeira veio de quem sentiu na pele. Artistas e anônimos se uniram em barcos e esperança. Talvez o fim do mundo tenha começado antes.
Em 2020, a Covid-19 parou tudo. O planeta inteiro trancado dentro de casa, o medo tomando conta, vidas sendo perdidas dia após dia. Parecia o fim. E, de certo modo, foi — o fim da normalidade que conhecíamos. Hoje o vírus ainda existe, mais fraco, mas presente. Os governos lançam aplicativos e alertas, mas será que isso basta?
Entre pandemias e enchentes, o Brasil também enfrentou tragédias como Mariana e Brumadinho — montanhas de lama que levaram vidas, histórias e rios inteiros. O desmatamento segue destruindo o que resta, e a violência cresce: filhos matando pais, pais matando filhos. Que tipo de humanidade estamos nos tornando?
A verdade é que nós também temos culpa, Poluímos rios, mares e florestas. Jogamos lixo e esquecemos que a Terra é nossa casa. Não dá para cobrar tanto dos políticos se não fazemos nossa parte. O mundo só muda se cada um cuidar do seu pedaço.
Precisamos acreditar nas crianças, ensiná-las a respeitar o planeta e as pessoas. Elas são a última esperança.
E chegamos a 2025
Um ciclone devastou o Rio Grande do Sul, destruindo cidades e histórias. No Paraná, um tornado acabou com vidas e empregos. A força da natureza mostrou que não há fronteiras para o caos. Antes víamos esses desastres em filmes americanos — agora, vivemos dentro deles.
Tudo isso parece ficção, mas é real. E talvez o fim do mundo não seja uma explosão repentina, e sim o resultado de tudo o que fazemos, dia após dia.
Filmes para refletir sobre o que vivemos:
– 2012;
– O Impossível;
– O Olho do Tornado;
– Terremoto;
– Tornado: Joplin em Ruínas;
Porque, no fundo, não estamos assistindo ao fim do mundo. Estamos participando dele.



