O escravo do século XXI

No dia 13 de maio de 1888 foi declarada a abolição da escravatura no Brasil.
Certo?
Sim…
O custo médio que cada “Senhor” tinha por seus escravos, em valores atualizados e aproximando-se hoje seria algo em torno de R$ 500,00, ou mais ou menos, meio salário mínimo.
Os escravos tinham nenhuma liberdade, mas a eles era concedido o direito de se casarem.
O controle sobre eles era total e ainda, viviam sob forte regime de castigos.
Eram controlados pelo medo, pela falta de liberdade e pelo “assistencialismo” do senhor feudal, o dono do engenho.
O tempo passou…
Todos ganharam “liberdade”.
Nos séculos XIX e XX o Brasil passou por grandes processos de imigração e hoje somos, seguramente, o país mais miscigenado do mundo.
Guerras, terremotos, vulcões, furacões, montanhas intransponíveis, desertos ou geleiras, aqui não temos!
Pronto, não há dúvida que somos o paraíso tropical do planeta Terra?
Calma, pequeno gafanhoto, vou te lembrar de alguns pequenos detalhes…
Aqui, políticos brigam pelo poder e escravizam o nosso povo com as mesmas políticas do século XIX: medo, assistencialismo e a mais nova delas, restrição de liberdade.
Casualmente o maior programa de assistência social já implantado no mundo é no Brasil: o Auxílio Emergencial.
Ah, e qual foi o valor dele?
R$ 600,00.
Lembram do custo com os escravos há dois séculos?
Todos os méritos ao Governo Federal por ter salvo os trabalhadores durante a pandemia, mas a minha análise não poderia se furtar destes dados.
Depois, veio o medo. Imprensa e governos estaduais se encarregaram de deixar o povo em pânico com noticiários fúnebres que hipnotizaram o mais incrédulo dos ateus. O mérito dos governadores, neste caso, está na ambição em manter o Estado de Calamidade Ad eternum. Quer algo melhor para eles do que dispensa de licitação e causar o caos no sistema de saúde para chorar a míngua e receber mesada do Governo Federal?
Com assistencialismo barato e medo, só faltava restringirem a nossa liberdade.
E eles conseguiram.
Vieram os lockdowns e com ele, a obrigatoriedade de ficar em casa, sem poder trabalhar, a mercê de um toque de recolher.
Não há mais dúvidas, os trabalhadores do século XXI são os escravos da atualidades.
E os nossos Senhores?
Bom, está na cara, são os Governadores.

Direto de Brasilia

 

Emílio Kerber

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Emilio Kerber
Emilio Kerberhttp://realnews.com.br
Jornalista, Escritor e palestrante

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