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O CICLONE, OS MESMOS POLÍTICOS E O COMEÇO DAS CAMPANHAS NAS RUAS

Essa semana dois eventos movimentaram e agitaram a rotina das pessoas, sobretudo aqui na terra do avião estático. O ciclone – que pra mim é um tornado horizontal, opinião de leigo – passou por Canoas de forma devastadora em muitos pontos da cidade, causando prejuízos, estragos e assustando muitas pessoas, mais uma prova que não estamos preparados para tais eventos, cada vez mais comum.

 Nesta ótica vimos de tudo, a solidariedade sincera e colaborativa de vizinhos, que compartilham a dificuldade e por isso se dispõem a ajudar. Por outro lado temos os oportunistas, pessoas mesquinhas que enxergam na dificuldade dos outros a oportunidade para lucrar e alimentar a ganância e ambição, comerciantes vendendo telhas com valores exorbitantes, lonas, água e utensílios que as pessoas necessitam nas horas de aflição.

Essa conduta, nada louvável, demonstra como estamos longe de nos tornar um povo com noção de cidadania, aqui se vê o que há de pior no espírito humano, a ganância e exploração, dos sentimentos asquerosos e vergonhoso, a ganância de lucrar independentemente do modo e a exploração sob o sofrimento, desespero e ignorância do próximo, isso nos separa de comunidades mais organizadas e evoluídas que possuem um senso de filantropia e cidadania genuíno. O descaso igualmente é condenável, aqueles que não sofrem os danos de estruturas, ficando indiferente com as dificuldades dos outros, aquela velha olhada para o lado, “não é comigo” não são empáticos com outros, ignorando a dor e desespero de pessoas fragilizadas. Neste evento, não houve notícias de pessoas feridas ou mortas decorrentes do ciclone, somente danos materiais e o aprendizado sobre a verdadeira natureza de algumas pessoas. 

A outra notícia que agitou a semana, igualmente tem causado danos para as pessoas, e poderá causar ainda mais. O início das campanhas eleitorais, começa com aquela velha prática de imposição de voto, promessas vazias, velhas raposas se apresentando como “novidades e como sendo representante da nova política”, brigas internas de homens e mulheres ambiciosos(as) que disputam espaços em suas siglas, concorrendo um contra o outro, alimentando sua vaidade, ambição e ganância, através da exploração de pessoas que alheia ao conhecimento da política, só servem para alimentar os sentimentos mesquinhos desses representantes do povo – Estamos falando ainda do ciclone? 

Imagem Web: Velhos e conhecidos políticos se apresentando como “o novo” ou a “solução de velhos problemas”, oportunistas que alimentam sua ganancia através dos espaços políticos.

Nossos conhecidos políticos iniciaram suas caminhadas, eventos, pessoas em esquinas, distribuição de cestas básicas, uso indevido de cadastros públicos, visitas de servidores a moradores em horário de trabalho com panfletos dos preferidos da gestão, vale tudo! Explorar o indivíduo e a coisa pública, porque? Ora! por que permitimos! Promessas de vaga em creches, cargos para quem usa seu próprio carro nas campanhas, soluções mágicas para problemas de anos, remoção de lixos e entulhos (há anos no mesmo lugar), o clássico das campanhas e dos políticos no Brasil, ações dignas de um ciclone eleitoral, que passa e transforma a cara da cidade, que venha as musiquinhas (risos). dos conhecidos ambiciosos que insistem em roubar a esperança do povo, com suas ganâncias e ambições, sobre som de aplausos, tapinhas nas costas e selfies dos muitos CC’s.

Por outro lado, assim como pessoas decentes que ajudam nas dificuldades (ciclones) de forma anônima e espontânea, há bons políticos (tem que garimpar claro!), pessoas que tentam ainda ajudar o próximo de maneira decente.

O ciclone passou, agradecemos não ter vitimado ninguém, sobrevivemos a um situação atípica, natural e imprevisível (as vezes), mas temos que ter atenção e nos preparar para os próximos trinta dias, por que o ciclone eleitoral pode fazer bem mais estragos, afinal como cita, Hobbes “O homem é o lobo do homem”, e vemos isso toda a vez que precisamos de fato de pessoas decentes em momentos difíceis, tanto no desastres naturais quanto nas eleições de dois em dois anos.

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Rodrigo S. de Souza
Rodrigo S. de Souzahttps://realnews.com.br/
Comentarista, Bel. Direito, Advogado, Sociólogo e Político.

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