Quando me perguntam se eu acredito que “se o Brasil virar uma Venezuela“, já vi que seria uma noite difícil.
Convidado a participar de uma aula/palestra com jovens alunos de uma graduação, mais uma vez estive em meio a uma discussão atual, mas que visivelmente os debatedores não entendiam. Sempre fujo desse tipo de debate sem sentido, que não levará os interlocutores a lugar algum. Mas esse questionamento, assim como inúmeros outros de pautas tendenciosas e ensaiadas em discursos de jovens apaixonados por determinada ideologia ou militância, é cada vez mais comum e preocupante.
Inicialmente cabe resgatar que essas discussões fazem parte de uma esfera social daqueles que tem um tempo ocioso impressionante, enquanto meninos e meninas usam/gastam dinheiro e recursos de seus pais (…), “os filósofos do pós espinhas, com todo o auge do conhecimento do mundo adquirido das teclas de seus smartphones, do oráculo google criam teorias e teses absurdas acreditando em um mundo que só existe nos livros amarelados de suas ideologias impostas por modismo”, esses jovens expõem suas teorias e discursos, repetitivos e sem nenhuma lógica ou experiência empírica, afinal são jovens e ainda mudarão de ideias e conceitos durante a vida, como todos nós fizemos.
Debates sobre gênero, direita e esquerda, sistema econômico venezuelano ou americano, em fim…, uma sequência de frases e temas nascidos do copiar colar de algum militante ou político modista de ambos os lados, ou de forma preocupante em espaços da academias públicas, onde professores da geração anterior, formados a jato, ensinam o que não vivenciaram ou teorias que não praticam.
A preocupação sobre essa questão, é que estamos cada vez mais distante da realidade da maioria das pessoas. O Brasil virou um país de castas (virou? ou apenas é mais visível?). Conversas e debates sobre essas questões, fortalecem apenas quem vive dessas polêmicas, usando jovens inexperientes como infantaria; Insisto nessa questão, pois somente mentes de jovens apaixonados e com ilusão da utopia social tendem a assimilar esses discursos, sejam eles gramscista ou marxistas, essa paixão quando se estende da juventude para fase adulta, temos um militante convicto formado em uma só verdade, a sua ideologia, ou seja um eleitor cego e fanático. Sim! Temos o outro lado, recentemente aflorado nos brasileiros com o surgimento do que a mídia tradicional (do plim, plim), conseguiu fixar na mente das pessoas como “bolsonarismo”, estes igualmente tendenciosos, contudo menos barulhentos e mais aberto ao debate.
É impressionante como pessoas que se identificam com pensamento socialista, comunista ou com a “esquerda brasileira”, não vivem da maneira que defendem que o mundo seja. Ao observar os representantes dessas políticas, o leitor irá visualizar um brasileiro rico, que vive do discurso da pobreza, em resumo, cita Marx, segue a cartilha de Antônio Gramsci, mas vive em um mundo de Adam Smith, coisas do Brasil.
Ao contrário, temos aqueles indivíduos, que na coerência, deixam a utopia de lado e se deparam com a realidade do mundo atual, do trabalho, conhecimento amplo e recompensa, carinhosamente chamado de mundo do capitalismo. Em suma, é cristalino observar que a maioria das pessoas vivem com objetivos claros, de alcançar uma estabilidade, segurança social e ser feliz, uma vontade universal, praticamente, anseio daqueles que não tem tempo nem paciência para debater sobre métodos, ideologias e teorias já testadas e falidas.
A verdade é que aqueles que insistem em um discurso de defesa do pobre, classes, minorias, vivem uma vida estável e segura, fruto do capitalismo de quem proveu essa estabilidade (conhecidos como pais/responsáveis ou simplesmente trabalhadores).
No Brasil a demagogia e a hipocrisia impera, militantes e políticos de discursos ensaiados, não vivem e nem sequer tem a experiência do que defendem aos berros a cada dois anos, ao contrário, debatem sobre uma realidade de que ouviram falar. E como todo hipócrita, tem a solução dos problemas de outrem, baseado no que acham ser viável. A pobreza, separação de classes e dissolução social no Brasil é um negócio lucrativo e uma das bases para manter lideranças ricas, discursando sobre pobreza, sob aplausos de jovens emocionados com símbolos e personalidades distorcidas pelo tempo, mantendo o povo (no geral) cada vez mais anestesiado pelo mecanismo da engenharia social tão eficaz aqui no Brasil, que se mantém alimentando narrativas e criam debates intermináveis e desnecessários, que atraem jovens acadêmicos como visto na atividade citada no topo.
Sobre o questionamento inicial, o Brasil vai virar uma Venezuela? É claro que NÃO! digo isso com convicção, pois existem mais pessoas adultas e conscientes focadas em produzir, empreender, estudar de verdade (não só entregar trabalhos formatados de copiar colar, vide cada vez mais as universidades públicas, infelizmente!), pessoas que plantam nos campos, criam riquezas, políticos focados em desenvolver o mercado, a produção, segurança, liberdade, saúde e uma gestão sem gastos – Sim! eles existem!
Não podemos perder tempo debatendo quem nasceu primeiro o ovo ou… (..). Não! O Brasil não irá virar uma Venezuela, e estamos muito longe de virar uma Suécia, precisamos ao invés de esperar virar algo, focar no que somos e evoluir cada um de nós, isso seria um bom começo.
Essência
Silêncio! Homens trabalhando
O Brasil está instituindo um novo sistema de governo, logo nesse ritmo, os legisladores serão dispensáveis? Com a decisão da proibição da remoção de pessoas em situação de rua pela, decisão da suprema corte do país (STF), alguns legisladores já começam a questionar o que irão apresentar a seus eleitores, já que as maiores e mais importantes decisões para o país estão saindo de um lado só da praça dos dois poderes no planalto cada vez mais central.
Eleições em 2024
As eleições de 2024 já começam a fazer parte dos corredores do palácio Piratini, articulações e movimentos pelas principais cidades do Estado estão em pauta. O próximo pleito terá algumas características bem visíveis, como o crescimento do centro-direita e a presença e articulações de grandes lideranças políticas como o ex-presidente Bolsonaro e Eduardo Leite, ambos vitoriosos no Estado gaúcho em 2022.
O protagonismo de candidatas mulheres e candidaturas de candidatos sem histórico político também é uma forte tendência, que a maioria dos analistas esperam.
Existe uma necessidade natural de renovação dos políticos locais, isso porque há uma forte necessidade de apresentar novos nomes para o eleitor, principalmente os mais jovens, que pela primeira vez serão maioria do eleitorado.
A PRIORIDADE É CANOAS
Na mesma linha de articulações políticas, Canoas sofreu com uma gestão conturbada, com conflitos pessoais, rupturas e medidas coercitivas, fizeram o mandato do atual prefeito ser ofuscado por inúmeros escândalos. A presença constante do Deputado Federal Busato na cidade em ações do atual governo, alimentaram várias especulações sobre a estranha colaboração, uma vez que ainda é recente na memória os conflitos e turbas geradas pela eleição de 2020.
Nada estranho a presença e colaboração do Dep. Busato, como referência da cidade na Câmara Federal, o que se espera de um representante eleito, que já administrou a cidade é a colaboração, auxílio e empenho em ajudar o povo canoense, um exemplo positivo de maturidade política que tanto precisamos. Nos últimos meses o Ex-prefeito, atual Deputado Federal, trouxe recursos para sanar pendências e necessidades para o município, principalmente na saúde.