O Brasil no caminho das Arábias

Convido ao amigo leitor refletir esta semana sobre a viagem presidencial para Dubai e demais compromissos naquele oriente, muito se falou, ostentou e se mostrou nas redes sociais; os empresários brasileiros que estiveram presentes  partiram em grande comitiva com espectativas de negócios. A pergunta que faço ao leitor é o que  afinal queremos com os arábes e porque a importância do nosso país nesses lugares ?

Primeiramente para os desavisados em nosso país se concentram as maiores colônias de imigrantes e descendentes fora do Oriente Médio, o que trouxe uma gama  de costumes comerciais   ao empresariado e governo ao novo mercado que emergia para o Brasil.

Neste contexto o Oriente Médio é parte da  subsistência de nossa indústria alimentícia, serviços, materiais de construção, equipamentos médicos e farmaceúticos, além de outros.

Nosso passado começou com a exportação de veículos ( lembram do Passat Iraque ?) e até com a construção de importantes infraestruturas, realizadas pela Andrade Gutierres e Oderbrechet na década de 80. Cito como exemplo  a realização de rodovias, saneamento e um primeiro Aeroporto em Beirute; que não resistiu aos conflitos de uma guerra , sendo bombardeado em muitos incidentes.

Ao todo o Brasil mantém relação diplomática com 33 países do Oriente Médio, sendo uma grande vitória instalar uma nova embaixada e digna de representação condizente com a importância do País no Bahrein,  onde  tínhamos tímida representação.

Não se trata de Bolsonaro fazer turismo, como a maioria da imprensa entendeu ser, mas de manter se ativado o mecanismo comercial para alavancar nossos empresários na concorrência mundial diante crise que ali parece inexistir.

Nada pode impedir o resgate de negócios e interesses brasileiros , lembro que  temos os melhores serviços bancários do mundo, produção ceramista reconhecida internacionalmente e a maior empresa de alimentos congelados e resfriados (BRFOODS) onde o nosso frango é cartão de apresentação, além de ser o principal fornecedor de carne viva (Gado) para esses países .

Diante de tal quadro tem o nosso governo a vontade de trazer novos investimentos ao nosso país, já que tem sido reformulada e atualizada a infraestrutura nacional junto a realizações de  privatizações no setor , criando um instrumento e meio para ser  atraente , competitivo e rentável aos pretensos investidores arábes.

No passado fazendo a referência histórica como de praxe trago ao leitor lembro que  foi durante a gestão de Luis Inácio Lula da Silva em 2005 com a cúpula dos Países Arábes, o grande avanço comercial que selou a constante importância brasileira no desenvolvimento dos países em questão e o ingresso de capital estrangeiro ( petro-doláres) ao nosso país.

Basta lembrar também que há poucos anos em 2016, Michel Temer recebeu do Líbano (do vilarejo libânes de Btaaboura) importante homenagem por ser considerado filho daquela terra, aumentando a admiração e responsabilidade dos negócios intermediados com grande esforço do corpo diplomático brasileiro.

Para finalizar homenageio os corajosos imigrantes e descendentes que na década de 1970, criaram a primeira Câmara de Comércio Arábe – Brasileira na qual já acreditavam antes de qualquer governo em nosso potencial .

Sobre o Autor : Advogado , Jornalista e Observador Político

Sobre : Eduardo na Política -Coluna voltada a reflexão política, definição de termos políticos e história política

Instagram : @eduardonapolitica

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Eduardo Maluhy
Eduardo Maluhyhttps://realnews.com.br/
Advogado em Porto Alegre , Jornalista e Observador Político

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