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Nosso mês de setembro

As diferenças de governos em tempos de tragédias 

O clima no estado é tenso, a sequência de chuva fez com que o gaúcho voltasse sua atenção para os lagos e rios. A triste situação da região do vale do Taquari é comovente e de certa forma abalou muito o Estado. 

Mesmo com o atendimento ao chamado solidário e empatia de muitos gaúchos, que contribuem com o que podem para ajudar as famílias atingidas, a sensação de tristeza pelas perdas pessoais e materiais da nossa gente é visível. As imagens são assustadoras e servem de alerta, pois a tendência é que esses fenômenos climáticos sejam mais frequentes conforme estudos e pesquisas colaborador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (click e leia o estudo), isso demanda novas medidas, costumes e planejamento para nossas cidades, e repensar as estruturas das residências. 

Governador foi a publico pedir ajuda para os gaúchos, diante da maior tragédia natural que atingiu o Estado.

Além da solidariedade do povo gaúcho, os recursos serão necessários para reconstrução das cidades atingidas, as medidas estatais estão sendo tomadas, pelo menos por parte do governo do Estado e os Municípios, que estão literalmente no front, de cada cidade. O Governador Eduardo Leite e o vice, tem mostrado envolvimento integral na situação dos gaúchos atingidos, estando próximo das pessoas, buscando recursos e eliminando burocracias para agilizar a reconstrução, tudo o que se esperava do gestor em situação de crise. 

Por outro lado, o governo federal têm mostrado uma postura de indiferença com as vítimas gaúchas, pela primeira vez na história, um Estado passa por uma tragédia natural e não recebe seu presidente, o governo do amor de Lula, acumula cada vez mais críticas negativas sobre sua gestão caótica, a falta de decoro com a coisa publica, posturas que vem esbanjando o dinheiro público em viagens, criando ministérios para negociatas e as declarações que expõem a imagem do país de forma preocupante.

A medida anunciada em apoio ao Estado gaúcho, trata-se de empréstimo ao governo  Leite, que terá mais uma despesa futura, quando o estado recentemente passou a organizar suas finanças. 

Em tempo de necessidade de amparo e auxílio, o governo federal age como um agiota, “emprestando” recursos que deveriam ser ofertados/doados sem custos futuros ao Rio Grande do Sul,  a promessa é de 1 bilhão de recursos do BNDS, além de liberar o FGTS, dinheiro que naturalmente já é do trabalhador, parece piada mas é a realidade. 

 

Cadastrando para novo tempo de espera

Foto: Brunna Graco/Real News

Depois que contamos a história de nossa amiga leitora, Thais – click neste link para ler – que passou por uma verdadeira odisseia enquanto aguardava procedimentos médicos no HU-Canoas, vivendo a situação real da saúde da nossa cidade, várias pessoas passaram a fazer relatos semelhantes da realidade da saúde canoense. Ela recebeu alta médica no ultimo dia 05/09/23, sem previsão de procedimento – palmas para a Secretaria de Saúde e seus responsáveis, para a atenção que deram a dona Thais e outras centenas de pacientes. 

Fora do mundo virtual a gestão se movimenta de uma forma no mínimo curiosa. A divulgação midiática de uma revolucionária (…) medida de recadastrar os canoenses que estão aguardando por procedimentos cirúrgicos ou mesmo atendimentos com especialistas, mostram de certa forma a organização da saúde, que possivelmente não monitora o caso dos canoenses, uma vez que precisa que o próprio paciente retorne nas mesinhas de burocracia da prefeitura para implorar por atendimento médico digno. 

A medida vendida ao público como inovadora e cheia de “boa intenção”, oferta para prefeitura tempo para talvez organizar o básico como comprar sabonetes, papel higiênico, seringas e itens básicos para os hospitais. A maldade (e aqui surge minha opinião) está em implantar uma esperança de melhoria e atendimento ao cidadão e fazer o marketing que gestão tanto gosta. 

Por outro lado na prática, trata-se de outra fila, a atualização de banco de dados para que o cidadão possa receber mensagens politiqueiras no futuro, de uma cidade fantasiosa em seus celulares e e-mails, no final o atendimento da saúde somente troca de lista às pessoas mais humildes criam novas expectativas, o secretário de saúde publica novos vídeos inventando a roda e assim segue a gestão pública de Canoas, uma sequência de medidas que não atendem o cidadão de forma prática e direta. 

 

O silêncio e a realidade que ninguém quer ver 

Está cada vez mais difícil explicar sobre direito e segurança jurídica no Brasil, as recentes medidas adotadas pela corte suprema, tem causado confusão e infinitos debates no meio jurídico. 

A falta de segurança jurídica – mas afinal o que é a tão falada segurança jurídica? Vamos fazer um breve parênteses para tentar explicar sobre isso. Compartilho com amigo leitor o artigo do colega jurista Caio César Soares Ribeiro Patriota, que aborda o assunto. 

“O princípio da segurança jurídica, também conhecido como princípio como princípio da confiança legítima (proteção da confiança), é um dos subprincípios básicos do Estado de Direito, fazendo parte do sistema constitucional como um todo e, portanto, trata-se de um dos mais importantes princípios gerais do Direito. Ele tem por objetivo assegurar a estabilidade das relações já consolidadas, frente à inevitável evolução do Direito, tanto em nível legislativo quanto jurisprudencial. Trata-se de um princípio com diversas aplicações, como a proteção ao direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
Foto: Reprodução

Ocorre que quando se tem uma corte legislando, além de demonstrar o ócio do legislativo há patente conflito entre os poderes, o que não contribui para a segurança das decisões. Na prática, essa situação pode interferir na vida do cidadão que irá depender da vontade e entendimento de uma pessoa, afastando o princípio democrático da representação e vontade popular através de seus eleitos legisladores. 

A surpresa maior, está no silêncio de instituições que parecem aguardar situações extremas, pois a censura, prisões coletivas, cerceamento de defesa, ridicularização de advogados em plena tribuna de sustentação oral e tribunais de exceção já não foram o suficientes?

Essa analise encerro com a frase do meu amigo e colega, Dr. Daniel Dornelles, que observa de forma direta e assertiva “Brasil tá afundando e todo mundo rindo, quando notarem será tarde de mais”, quando bons cidadão perdem a esperança em seu país, começamos a perder o espirito de nação. Isso é preocupante.

 

Muita Luz e sorte à todos. 

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Rodrigo S. de Souza
Rodrigo S. de Souzahttps://realnews.com.br/
Comentarista, Bel. Direito, Advogado, Sociólogo e Político.

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