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Não era para ser assim …

Esta semana em conturbada opinião e conflitos tão comuns nestes tempos de eleições, pergunto ao amigo leitor se ele já parou para entender o dinamismo do voto a partir de 16 anos e porque de fato isto aconteceu.

Fazendo uma releitura dos fatos na época em que a novidade do jovem votar; tinha se por debaixo dos interesses levantados a diminuição criminal quanto a idade e a antecipação da maiorididade civil, seja para fins de negócios, direito a habilitação de dirigir como atrativo e por fim fazer se a arrecadação mais cedo aos cofres previdenciários, ou seja o jovem era moeda corrente para os grandes interesses privados e governamentais, pois iriam entrar para a estatistica da economia produtiva mais cedo , gerando renda e desenvolvimento, sendo consumidores e ávidos pelo novo poder de compra que se desdenhava mas … não foi bem assim .

Na história da Nova República tem o dia 02 de março de 1988 como vitória de grupos estundantis e principalmente da UNE, após a aprovação da emenda constitucional proposta pelo então deputado federal Hermes Zanetti do PMDB/RS trazer de forma facultativa os votos a partir dos 16 anos .

Neste contexto buscava se a participação e renovação dos jovens na política, mas ninguém imaginou que as novas gerações iriam ganhar tanta força de opinião, expressão e liberdade de pensamento, . A esquerda brasileira pela educação trouxe ideologias e a direita focava em consumismo e melhoria financeira e assim não foi percebida a total independência , mudança de valores e distanciamento de costumes tradicionais impostos com regramento social imutável, em igual sentido a sociedade brasileira também se encontrava falida familiarmente diante o comportamento regrado a divórcios e separações .

Hoje com certeza o país se encontra em um grande conflito de gerações e cada um busca em suas crenças a fé mais apropriada, gerando atritos, incompreensões e desregramento do bom senso coletivo acompanhado de total intolerância.

Lembremos que por culpa de um molde de sociedade que pretendeu dar mais espaço como o pseudo mote de crescimento e responsabilidade aos mais jovens , não pode agora ser vista como vítima , pois na busca de menor obrigação aos seus , jogou a terceiros a função que lhes cabia mas que era de muita responsabilidade.

Termino a opinião desta semana com o almejo que todo nós sejamos fortes e empáticos em nossas pretensões para que nenhum e nem nínguém sofra em desgraça por tempestade que não semeou. Grande abraço a todos sempre jovens brasileiros.

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Eduardo Maluhy
Eduardo Maluhyhttps://realnews.com.br/
Advogado em Porto Alegre , Jornalista e Observador Político

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