O Manchester City enfrentará uma audiência em meados de setembro para responder a 115 acusações de supostas violações das regras da Premier League, com o rebaixamento sendo a sanção mais grave que poderá ser aplicada.
A Premier League iniciou uma investigação sobre as finanças do City em 2018, após uma série de artigos do jornal alemão Der Spiegel, baseados em documentos do Football Leaks. As alegações incluíam investimentos dos proprietários disfarçados como receitas de patrocínio, além de preocupações sobre o contrato do ex-treinador Roberto Mancini e a remuneração de jogadores, notadamente Yaya Toure.
O Manchester City foi formalmente acusado com 115 violações em início de 2023, a maioria relacionada às finanças do clube entre 2009 e 2018.
As acusações incluem 54 casos de falha em fornecer informações financeiras precisas ao longo desses nove anos, 14 casos de falha em detalhar corretamente os pagamentos a jogadores e técnicos no mesmo período, cinco casos de não conformidade com as regras de Fair Play Financeiro da UEFA, sete violações das Regras de Lucro e Sustentabilidade da Premier League entre 2015 e 2018, e 35 casos de não cooperação com as investigações da Premier League entre 2018 e 2023.
Segundo a ESPN, a audiência diante de um painel independente está marcada para começar em 16 de setembro, assumindo que não ocorram complicações de última hora. O processo deve durar cerca de dois meses, e a expectativa é que um veredicto final, incluindo uma possível apelação, seja alcançado até o final da temporada 2024/25.
O Manchester City sempre negou veementemente qualquer irregularidade e afirma ter “evidências irrefutáveis” para sustentar sua posição.
Teoricamente, não há limites para os poderes do painel independente em relação às possíveis sanções que podem ser aplicadas em caso de culpabilidade. O City pode ser multado pesadamente, sofrer uma dedução massiva de pontos ou até mesmo ser expulso da Premier League.
O clube já teve uma suspensão de dois anos da Liga dos Campeões e de outras competições da UEFA anulada em apelação ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS). Parte dessa decisão concluiu que a suposta ocultação de investimentos dos proprietários via uma empresa de terceiros estava prescrita, enquanto outra alegação semelhante envolvendo um patrocinador diferente foi considerada infundada.
A prescrição não se aplica à audiência de setembro. Além disso, o caso não pode ser apelado ao CAS, mas a parte perdedora tem a chance de solicitar uma nova audiência de apelação se houver justificativas para isso.