Na terça-feira (25), o Conselho Curador do FGTS aprovou a distribuição recorde de R$ 12,7 bilhões em lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço referente a 2022. Essa quantia será dividida de forma proporcional entre os cotistas, sendo que aqueles com maior saldo na conta vinculada ao FGTS receberão valores mais expressivos.
O cálculo da parcela do lucro que será creditada aos trabalhadores é baseado no saldo de cada conta em 31 de dezembro de 2022, e o montante é multiplicado por 0,02461511. Isso significa que, a cada R$ 1 mil de saldo, o cotista receberá R$ 24,61. Por exemplo, quem possuía R$ 2 mil na conta terá um crédito de R$ 49,23, enquanto os que tinham R$ 5 mil no fim do ano passado receberão R$ 123,08.
É importante ressaltar que aqueles que possuem mais de uma conta vinculada ao FGTS receberão o crédito em todas elas, mantendo a proporção do saldo de cada uma.
A distribuição do lucro equivale a 99% do montante de R$ 12,848 bilhões obtidos pelo FGTS em 2022. Com esse acréscimo, o rendimento do FGTS neste ano alcançará a marca de 7,09%, o que supera a inflação oficial medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 5,79% no mesmo período.
No ano anterior, o FGTS rendeu 5,83%, ainda que a inflação oficial fosse de 10,06% em 2021. Apesar de ter superado a inflação, o rendimento do FGTS ficou abaixo do registrado na caderneta de poupança em 2022. Naquele ano, a poupança obteve um rendimento de 7,89%, influenciada pelos juros básicos da economia, representados pela taxa Selic.
Vale destacar que quando os juros ultrapassam o patamar de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (equivalente a 6,17% ao ano) mais a TR (Taxa Referencial). Por sua vez, a legislação estipula que o FGTS renda 3% ao ano, acrescido da TR e dos lucros obtidos pelo Fundo. Com essa distribuição excepcional de lucro aos trabalhadores, o FGTS se mostra como um investimento atrativo e competitivo em relação a outras opções do mercado.



