Alice Weidel é a figura mais importante do AfD, partido da extrema-direita alemã, que pode se consolidar na eleição realizada neste domingo (23), como 2.ª maior força do país.
Weidel é lésbica e casada com uma imigrante do Sri Lanka, com quem cria dois filhos, como descreve a ótima reportagem da BBC Brasil. O que não seria um problema, se ela não defendesse ideias bastante conservadores e anti-imigração.
As contradições da líder do partido AfD se assemelham com a extrema-direita no Brasil, que tem em seu líder mais importante, a figura de Jair Messias Bolsonaro (PL), que se vende como o verdadeiro messias, o escolhido, cidadão de uma conduta ilibada.
Porém, foi indiciado pela PGR, semana passada, por organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Além de já está sendo investigado, no caso das joias, pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A reportagem da BBC Brasil ainda revela que Alice Weidel se tornou popular com suas postagens no Tik Tok, principalmente, no público masculino. Ou seja, muita “informação” picotada e fabricada, apenas, para defender o ponto de vista de quem publica. Claro, sem profundidade nenhuma.
A extrema-direita na Alemanha, no Brasil ou nos EUA, usa as mesmas ferramentas de persuação e comete os mesmos erros. O mesmo acontece com os cidadãos que são cooptados por ela. Presos dentro de bolhas de informação — ou seria, desinfomação? — criam realidades paralelas e delas se abastecem, mesmo que o mundo ao seu redor, grite nos seus ouvidos o contrário.