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Instituto do Câncer Infantil e Donald começam a organização para McDia Feliz

Neste ano, o McDia Feliz ocorre no dia 24 de agosto, a partir da meia-noite de sexta-feira para sábado. Os tíquetes já podem ser comprados presencialmente na casa do Instituto do Câncer Infantil ou no dia mesmo com os voluntários. Depois, basta apresentá-los no balcão de qualquer McDonald’s e retirar seu Big Mac. O evento acontece há 36 anos para beneficiar crianças e adolescentes com câncer no Brasil. Porém, todos os anos há uma seleção das instituições que serão beneficiadas. Cada organização precisa apresentar um projeto que seja válido para o Instituto Ronald.

A iniciativa não poderia deixar de fora o Instituto do Câncer Infantil, que ajuda mais de 500 jovens de 0 a 19 anos em 153 municípios do Rio Grande do Sul. Já fazem 30 anos que o Instituto do Câncer Infantil participa da mobilização do McDonald’s. No ano passado, foram arrecadados mais de R$ 380 mil, que puderam oferecer assistência integral aos jovens e capacitar profissionais do Programa Diagnóstico Precoce. Também estão investindo na área de pesquisa científica para tratamentos oncológicos e ajudando nos índices de cura do câncer infantojuvenil.

Para proporcionar toda essa assistência ao Instituto do Câncer, acontece uma organização. Como, por exemplo, a venda dos tíquetes antecipados, divulgação da campanha e preparação para o dia com os voluntários, venda de produtos institucionais. Tem os anfitriões que ajudam a estruturar o evento, conseguem cosplays para animar as crianças juntamente com o Leão da Coragem. Também DJ, apresentações de dança e música para alegrar ainda mais o dia tão especial.

A reportagem da Real News conheceu a história da anfitriã Duda Gonçalves, que é voluntária no Instituto do Câncer Infantil no núcleo de eventos. Ela nos contou que conheceu o Instituto Ronald e o Instituto do Câncer Infantil quando começou a trabalhar no McDonald’s do aeroporto em 2001. Desde essa época, iniciou o trabalho no McDia Feliz. Segundo Duda, o evento é mágico. Além disso, aconteceu uma situação inesperada na vida dela: seu sobrinho-neto Júlio, com apenas 1 ano, descobriu um câncer no cóccix.

Júlio teve a remoção do cóccix e de três vértebras da coluna. Na época, os médicos disseram que o menino não iria caminhar e que a cirurgia poderia dar errado. No final, deu tudo certo com a grande ajuda do Instituto do Câncer Infantil. Duda diz que a força que ela tem para realizar o McDia Feliz vem toda do pequeno Júlio. Perguntei por quê. Ela me respondeu: “Eu estava na casa de amigos fazendo churrasco e minha sobrinha ligou dizendo que queria mostrar uma coisa. Quando virei para o lado dele, ele carequinha, me arrebentou por dentro. Mas na hora fiquei firme, na hora que desliguei a ligação, caí no choro”, completa Duda. Porque ela lida com as crianças que sofrem de câncer no Instituto, estava acostumada a ver estas situações. Agora, Júlio tem 7 anos e está até podendo jogar futebol e participa de todos os eventos do Instituto do Câncer Infantil.

Temos outra história para contar de resistência e luta. Vamos conhecer um pouco sobre a voluntária Daiana Brambila, que perdeu seus cosplays na enchente, mas que vai participar do evento com um personagem novo. Ela conta que perderam tudo: roupas, móveis, eletrônicos, etc. A água cobriu o telhado da sua residência, foram 35 dias com água dentro do domicílio, mas com a ajuda de muitas pessoas estão conseguindo recomeçar.

A outra preocupação era como ajudar no McDia Feliz. Foi quando uma amiga que participa junto deu uma ideia bem legal de fazer um novo cosplay. Ela diz que sua maior motivação para participar vem dos sorrisos das crianças: “Saber que o pouquinho que fazemos nesse dia é muito para eles”, completa Daiana.

Também conta um pouco de quando começaram a participar do evento, que foi em 2020, durante a pandemia. A experiência para ela e sua filha Andriele, que também faz cosplay, foi única. Ela relata: “Não podíamos ter muito contato com as crianças, mas mesmo assim foi incrível e conseguimos ter muito sucesso, mesmo com todas as restrições”, completa Brambila. Ela reforça que a sensação é maravilhosa, todos que participam ficam felizes pelo pouco que fazem. É uma grande ajuda para as crianças e para o Instituto do Câncer Infantil. “Todos somos um”.

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