A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sério sobre o uso crescente de cigarros eletrônicos entre crianças e adolescentes. Segundo as informações recentes, as crianças têm uma probabilidade nove vezes maior de usar esses produtos em comparação com os adultos. Essa situação é alarmante, pois os cigarros eletrônicos estão sendo vendidos como uma alternativa menos prejudicial, mas, na realidade, estão viciando jovens em nicotina desde cedo.
Esse fenômeno pode comprometer décadas de progresso na luta contra o tabagismo e a dependência de nicotina. O relatório da OMS destaca a necessidade urgente de medidas para proteger os jovens e combater essa nova onda de dependência. Com mais de 15 milhões de jovens entre 13 e 15 anos fumando, é crucial haver uma conscientização e regulamentação mais rigorosas sobre a venda e o marketing desses produtos para menores.
Propaganda online
A questão da propaganda online é um desafio enorme, e sabemos que as redes sociais têm um alcance gigantesco, e quando influenciadores digitais promovem esses produtos, o impacto nas crianças e adolescentes é ainda maior. É como se fosse uma publicidade “disfarçada”, que atinge um público que, muitas vezes, não tem o discernimento necessário para entender os riscos.
E essa ideia de que os vapes são uma “porta de entrada” é o que mais preocupa. Não é só sobre começar a usar algo novo, mas sim sobre criar uma dependência de nicotina que pode se arrastar pela vida toda. A nicotina é uma substância altamente viciante, e quanto mais cedo uma pessoa se expõe a ela, mais difícil se torna largar o vício no futuro. É um círculo vicioso que precisa ser quebrado, e a dificuldade de regulamentação é um dos principais obstáculos. Precisamos de estratégias mais eficazes para combater essa propaganda e proteger as novas gerações.
Novos usuários
A questão sobre “redução de danos” usada pelos fabricantes de cigarros eletrônicos é, na verdade, uma estratégia para atrair novos usuários, especialmente os mais jovens. O ponto principal é que, ao invés de ajudar fumantes a pararem, esses produtos estão criando uma nova geração de dependentes de nicotina.
E o fato de estarem viciando crianças “mais cedo” é o que mais assusta, pois a dependência estabelecida na juventude tende a ser mais difícil de reverter e pode ter consequências a longo prazo para a saúde. O risco de sabotar décadas de progresso na luta contra o tabagismo é real.
Se não houver um controle efetivo, podemos ver um retrocesso significativo em relação às conquistas que tivemos para reduzir o consumo de produtos de tabaco. É um alerta muito forte sobre a necessidade de ações mais contundentes por parte dos governos e da sociedade. Também é um tema que merece atenção, não só por suas implicações na saúde pública, mas também pelo impacto que isso pode ter na vida e no futuro das crianças e adolescentes.
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