Em 2024, a OMS incluiu a espécie detectada em Novo Hamburgo na lista das mais perigosas do mundo. Apesar da gravidade, a FSNH ressalta que a bactéria não é transmitida pelo ar.

O Hospital Municipal de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, precisou fechar temporariamente sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e transferir pacientes após a detecção da Acinetobacter baumannii, uma bactéria altamente resistente a antibióticos e considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma das mais perigosas do mundo.
A medida foi tomada após a confirmação de infecções na UTI, incluindo casos de transmissão cruzada que colocaram em risco os pacientes internados. Sete deles foram transferidos para a Unidade Neurovascular, enquanto as cirurgias cardíacas eletivas foram suspensas temporariamente.
Segundo a Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), responsável pela administração do hospital, “os pacientes foram realocados em outras unidades que comportam suas necessidades de tratamento intensivo e estão recebendo todos os tratamentos disponíveis e assistências”.
Conhecida como “superbactéria”, a Acinetobacter baumannii foi incluída pela OMS, em 2024, na lista das bactérias mais perigosas do mundo, com base em fatores como alta taxa de mortalidade e impacto na saúde pública. A bactéria é capaz de sobreviver por longos períodos em superfícies hospitalares, o que favorece surtos em ambientes clínicos.
Apesar da gravidade da situação, a FSNH reforça que a bactéria não é transmitida pelo ar, não oferecendo risco direto aos demais pacientes fora da UTI. A infecção atinge principalmente pessoas com o sistema imunológico fragilizado e representa um desafio crescente para as unidades de saúde em todo o mundo.
Fotos: Arquivo/Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo