Encerrou-se já na madrugada desta quinta-feira, 19/5, o júri em Gravataí de Maicon de Mello Rosa, acusado pela morte do Policial Civil Rodrigo Wilsen da Silveira e mais três tentativas de homicídio, e de outros quatro réus, acusados tráfico de drogas, Estatuto do Desarmamento, receptação e organização criminosa – crimes que Rosa também também respondia.
Conforme decisão do Conselho de Sentença, composto por sete jurados, todos foram considerados culpados dos crimes. Diante do veredito, a Juíza de Direito da Comarca local, Valéria Eugênia Neves Wilhelm, que presidiu o julgamento, aplicou as penas aos réus.
Maicon Rosa foi condenado a 80 anos e 5 meses de reclusão.
Marcos Leandro Marques Fortunato e Guilherme Santos da Silva foram condenados a 19 anos e 9 meses de reclusão; Alecsandro da Silva Borges foi condenado a 19 anos e 7 meses de reclusão; e Cristiane da Silva Borges foi condenada a 21 anos e 9 meses de reclusão.
Ao longo das cerca de cerca de 24 horas horas de julgamento, iniciado na manhã de terça-feira (17), foram interrogados os cinco réus e ouvidas quatro testemunhas de acusação Leia mais: https://www.tjrs.jus.br/novo/noticia/juri-de-acusados-pela-morte-de-policial-civil-em-gravatai-deve-durar-dois-dias/.
As fases de debates, réplica e tréplica, pelas quais a acusação (Ministério Público) e as defesas dos acusados expuseram aos jurados suas teses, aconteceram hoje. Os Promotores de Justiça que atuaram no caso são Eugênio Paes Amorim e Aline Baldissera. A defesa de Maicon Rosa foi feita pela Advogada Emiliane Gauer. Os réus Guilherme da Silva e Marcos Fortunato foram defendidos pelos Defensores Públicos Carolina Zago Cervo e Gabriel Seifriz. Já o Advogado Cristiano Pires foi responsável pela defesa de Cristiane Borges e Alecsandro Borges.
Caso
O crime aconteceu no dia 23/6/17, quando policiais civis realizavam uma operação para desarticular quadrilha especializada em tráfico de drogas. Em um determinado momento, já no interior do apartamento, o Escrivão e chefe da investigação da 2ª Delegacia de Polícia de Gravataí, Rodrigo Wilsen da Silveira foi baleado na cabeça. Ele chegou a ser conduzido para o hospital de Gravataí, mas não resistiu aos ferimentos.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o réu Maicon de Mello Rosa foi quem atirou contra o policial. Ele foi acusado pelos crimes de homicídio qualificado consumado e por três homicídios qualificados tentados contra outros policiais.
Além dele, os réus Marcos Leandro Marques Fortunato, Guilherme Santos da Silva, Alecsandro da Silva Borges e Cristiane da Silva Borges foram acusados pelos crimes de tráfico de drogas, Estatuto do Desarmamento, receptação e organização criminosa. A ré Dirce Terezinha da Silva Borges Dirce, mãe da ré Cristiane e avó de Alecsandro faleceu em 13/9/2019. Todos os réus já vinham segregados em presídios.