A Histiocitose de Langerhans é uma doença rara que afeta principalmente crianças. Ela se caracteriza pelo acúmulo de um tipo de célula do sistema imunológico, chamadas células de Langerhans, em diversos órgãos do corpo, como ossos, pele, pulmões e até mesmo o cérebro. É uma condição rara onde as células de Langerhans, que normalmente nos protegem, começam a se multiplicar descontroladamente e a formar lesões em várias partes do corpo.
O filho do cantor Wesley Safadão, Yhudy, foi diagnosticado com um tumor cerebral e apresentou alguns sintomas antes do diagnóstico. Entre os sintomas mais comuns que ele sentiu foram as dores de cabeça fortes, que foram um dos principais sinais que o levaram ao médico, sensação de caroço no crânio, sentindo um desconforto na cabeça, o que é um sintoma que pode ser associado a problemas neurológicos. Podem indicar uma série de coisas, e nem sempre é um tumor, pois o corpo humano é complexo.
Sintomas, diagnóstico e tratamento
Os sintomas podem variar muito dependendo de quais órgãos são afetados e da extensão da doença. Por isso, o diagnóstico às vezes pode ser desafiador e, quando se trata de tumores cerebrais em crianças, outros sinais podem aparecer, dependendo da localização e da dimensão do tumor. Alguns sinais podem ser vômitos que acontecem muitas vezes, principalmente de manhã, mesmo que a criança não esteja doente. Outro sinal é ter problemas na visão, como ter a visão embaçada ou perder a visão. A criança pode ter dificuldades para andar, sentir tonturas e ter problemas de equilíbrio. Mudanças no jeito de agir ou na personalidade também podem aparecer. A criança pode ficar mais irritada, apática ou com sono demais. Além disso, podem acontecer convulsões, sendo movimentos do corpo que a pessoa não consegue controlar.
É muito importante reforçar que a presença de um ou mais desses sintomas não significa automaticamente que a criança tem um tumor cerebral. Muitos deles podem ser causados por outras condições menos graves. O que faz toda a diferença é a avaliação médica especializada. No caso do Yhudy, a família agiu rápido, o que foi essencial para um bom desfecho.
O diagnóstico geralmente envolve exames de imagem como raio-x, tomografia, biópsia das lesões para analisar as células e, em alguns casos, exames de sangue e de medula óssea. O tratamento depende da gravidade e dos órgãos afetados. Pode variar desde observação em casos mais leves até quimioterapia, uso de corticoides e, em situações específicas, transplante de medula óssea. Portanto, é uma doença séria, mas com os avanços na medicina, muitos pacientes têm obtido ótimos resultados com o tratamento adequado.
Fatores de risco
Um dos pontos importantes é que a Histiocitose de Langerhans não é considerada um tumor no sentido tradicional, como um câncer que surge de uma célula normal que se torna maligna. Na verdade, é uma doença proliferativa, ou seja, um problema onde um tipo de célula se multiplica em excesso. A causa exata dessa proliferação ainda não é totalmente compreendida, mas a linha de pesquisa aponta para uma alteração genética, muitas vezes uma mutação no gene BRAF. Essa mutação leva a uma instrução errada para o crescimento dessas células.
Os fatores de risco podem ser histórico familiar, exposição a químicos, pó de metal. É importante não confundir as causas e fatores de risco de doenças a depender da sua natureza, se são por proliferação celular descontrolada como a Langerhans, ou por transformações malignas como em tumores. Pois a mutação genética é a explicação mais aceita para o que acontece no corpo, mas não sabemos exatamente o que “dispara” essa mutação acontecer. A exposição a certos agentes ambientais ou infecciosos é uma área em estudo, mas ainda não há comprovação definitiva como causa direta para a Histiocitose de Langerhans.
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