O Lago Guaíba atingiu a marca de 2,69 metros na manhã desta quinta-feira (14), atingindo a quarta maior cheia nas medições que se tem registro, superando 2016.
A situação assusta os meteorologistas, uma vez que as condições dos ventos e cheias dos rios afluentes seguirão contribuindo para uma elevação nestes níveis nas próximas horas.
Um vento sul, que sopra com rajadas de até 80km/h, da Lagoa dos Patos em direção de Porto Alegre, está represando as águas do Guaíba. Além disso, o Rio Jacuí, principal afluente do Lago, recebe grande volume de águas do centro do Estado, e tende a aumentar sua cota para a região metropolitana. O Taquari também contribui com grande volume, além do Sinos, que encontra-se muito acima do normal. O mesmo acontece com o Gravataí. Fora da Região Metropolitana, o maiores riscos são os rios da Região Sul (Jaguarão, Camaquã, Pelotas, Rio Grande), em função do grande acúmulo de águas das chuvas dos últimos dias.
Esse represamento das águas ao norte da Lagoa Dos Patos retarda o escoamento e faz aumentar ainda mais os níveis do Guaíba, Jacuí, Sinos e Gravataí, levando risco para as cidades abrangidas por estes rios.
A situação começa a melhorar a partir de amanhã, quando o vento muda para sentido norte, facilitando o escoamento.
No nível atual, com 2,69m, o Guaíba já deixa parte das ilhas alagadas. Com 3 metros, o Lago já transborda no Cais Mauá, em função das ondas geradas pelo vento e embarcações. Também já começa a haver transbordamento em bocas-de-lobo na região do bairro São Geraldo. No centro de Porto Alegre, o nível para transbordo é de 3,20m na Avenida Mauá
Seguiremos acompanhando os reflexos das chuvas no Estado do RS.
Fonte: Metsul
