Após a dura goleada por 4×0 diante do Bahia, o Grêmio mostrou poder de reação ao vencer o Juventude por 3×1 na Arena, com uma atuação sólida e inspirada. O nome da noite foi o centroavante Carlos Vinicius, autor de um hat-trick, que agora soma seis gols em sete jogos com a camisa tricolor.
O duelo começou truncado, muito por conta da estratégia do Juventude, que abusou das faltas para tentar frear o ímpeto gremista. A arbitragem demorou a impor disciplina, o que manteve o jogo travado até aos 35 da primeira etapa, quando Alysson invadiu a área, foi derrubado, e o pênalti foi marcado, convertido por Carlos Vinicius, abrindo o placar ainda na primeira etapa.
Na volta do intervalo, o Grêmio resolveu o jogo. Amuzu, em grande jogada pela esquerda, achou um lindo passe para o centroavante ampliar. Pouco depois, em contra-ataque puxado por Alysson, o camisa 95 fez o terceiro e praticamente definiu a vitória. O Juventude ainda descontou com Igor Formiga, após erro na saída de bola tricolor, mas já era tarde.
Se Carlos Vinicius brilhou no placar, Arthur foi o maestro em campo. O meia se desponta como o jogador cérebral do time, ditando o ritmo, acelerando as jogadas e dando leveza ao meio-campo. Sua presença muda completamente o funcionamento do Grêmio: o time passa a ter posse qualificada, criatividade e volume ofensivo.
Sem ele, o Grêmio é previsível e lento — como se viu contra o Bahia. Com ele, é competitivo e encantador. Arthur resgatou a confiança do torcedor e deu nova cara ao time de Mano Menezes. Aos 29 anos, talvez o retorno à Europa seja improvável, mas ser protagonista de um Grêmio em ascensão é realidade.
O torcedor gremista, enfim, volta a sorrir. E o principal motivo tem nome e número: Arthur, o camisa 29, o maestro dessa retomada tricolor.
Foto: Moreno Carvalho



