Gre-Nal 447 tem bom futebol, mas é manchado por erro grave de arbitragem

O clássico Gre-Nal 447 entregou aquilo que se espera de um confronto dessa magnitude: intensidade, disputas acirradas e emoção até o fim. O empate em 1 a 1 foi um retrato fiel do equilíbrio em campo, com um Grêmio aguerrido tentando se reinventar e um Internacional mais técnico, mas sem brilho. Porém, o que deveria ser lembrado como um clássico vibrante ficou marcado por mais um episódio lamentável da arbitragem brasileira.

Sob o comando do interino James Freitas, o Grêmio mostrou um time reorganizado, competitivo e com mais presença, evidenciando mudanças táticas eficazes, como o retorno ao 4-4-2 e a estreia promissora de Marlon na lateral-esquerda. Já o Internacional, mesmo com atuação discreta, teve chances e mostrou sua força. Mas o maior destaque negativo ficou com o árbitro Bráulio da Silva Machado.

Aos 41 minutos do segundo tempo, Aravena foi derrubado por Aguirre em lance claro dentro da entrada da grande área. O árbitro ignorou a infração e, mesmo chamado pelo VAR, manteve sua decisão, em um erro que revoltou o lado gremista e expôs, mais uma vez, a fragilidade do critério na arbitragem nacional. Não se trata de dizer que o Grêmio venceria caso o pênalti fosse marcado, mas sim de reconhecer que o jogo foi privado de um desfecho justo e legítimo.

A tecnologia do VAR veio para corrigir injustiças, mas quando mal utilizada, apenas aumenta a sensação de insegurança e desconfiança no futebol brasileiro. O Gre-Nal merecia ser lembrado pelo jogo, não pelo apito.

Foto: Edu Andrade/Fatopress

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