Não que já não fosse esperado, mas este rompimento de Zaffalon com Alba causa um verdadeiro tsunami na política de Gravataí, com as pequenas ondas começando agora e seu auge na segunda metade do ano que vem.
E com isso, anotem, Gravataí vai parar à partir de março de 24. Este é o período em que a base do governo, secretariado, CC’s e militância em geral definem quem irão apoiar na eleição.
Nós sabemos que a base política de Zaffalon é casada com Alba. Diversos vereadores, tais como Márcia Becker e Alan Vieira, são carne e unha com o “dono” do MDB da região do Vale do Gravataí. Como ficará essa relação daqui por diante?
Eu prevejo uma debandada geral da base do governo Zaffalon. Imediatamente, algumas situações já deverão acontecer. Aparições de Alba em inaugurações de obras começadas por ele, como vinha sendo costume, acabarão. Alan Vieira, tido como “menina dos olhos de Alba”, deverá ser menos frequente nas ações da prefeitura. Talvez haja impacto imediato no legislativo.
Mas o pior de tudo será com a engrenagem de CC’s. A imensa maioria é súdita do Rei Alba. E muitos, se não trabalharem pela reeleição de Zaffa, serão retirados dos seus cargos já no começo de 24. Com Secretários, a mesma coisa. E nós sabemos como a militância de CC’s é fundamental para a eleição municipal de Gravataí.
Mas Zaffa terá um trunfo em suas mãos: a máquina do Governo. A mesma que Alba tivera no passado e soube usar como ninguém. Um terá a engrenagem da militância de CC’s e o outro a máquina.
Eu considero que Zaffalon esteja fazendo um governo muito bom, muito técnico. Aliás, Zaffa sempre foi muito técnico nas suas atuações, mesmo antes de ser eleito prefeito. Esse é seu diferencial. E é natural e justo que ele queira se reeleger. Só que, para isso, desde agora ele terá que ser mais político que técnico. E será que ele aprendeu essa parte com Alba?
Ao longo desta semana eu estarei conversando com as principais lideranças políticas da cidade para saber o quê eles pensam a respeito disso.
Quem me ler, verá!
