Evento inédito reuniu mais de 50 participantes para debater enfrentamento à violência, geração de renda e direitos da comunidade LGBTQIAPN+
Em um marco histórico para o município, Gravataí realizou nesta segunda-feira (16), na Casa de Cultura, a 1ª Conferência Municipal dos Direitos das Pessoas LGBTQIAPN+. O encontro reuniu representantes do poder público, especialistas e comunidade, promovendo um espaço de escuta, diálogo e construção de propostas para ampliar a proteção e garantir mais dignidade e oportunidades para essa população.
Construindo Pontes Entre Poder Público e Comunidade
Promovida pela Secretaria Municipal da Mulher e dos Direitos Humanos (SMDH) em parceria com a Assessoria de Políticas Públicas LGBTQIA+, a conferência teve como foco ouvir demandas reais da comunidade, propor soluções e fortalecer o acolhimento no município.
Analu Sônego, secretária da SMDH, destacou na abertura:
“Nossa secretaria está sempre de portas abertas para viabilizar espaços como este, que fortalecem o elo entre sociedade civil e poder público para garantir mais direitos.”
Quatro Eixos de Debate e Resultados Concretos
Com mais de 50 inscrições antecipadas, a conferência trabalhou quatro eixos fundamentais:
Enfrentamento à violência
Trabalho digno e geração de renda
Interseccionalidade e internacionalização
Institucionalização da Política Nacional dos Direitos LGBTQIA+
As propostas formuladas pelos grupos serão levadas à 4ª Conferência Estadual LGBTQIA+, que acontecerá em agosto.
Escolha de Delegados
Durante a plenária, foram escolhidos os delegados que representarão Gravataí na conferência estadual:
Márcio da Costa, Libanês Lima, Liniker Fraga, Fernanda C., Ana Godoy, Vivian Anne, Thais Maciel, Isabella Leal, João Vitor A., Caroline Côrrea, Ana M. Silvino e Leonardo Salles.
Falas de Destaque e Dados de Impacto
A diretora adjunta do Departamento de Diversidade e Inclusão do RS, Glória Crystal, destacou a urgência das políticas públicas para a população LGBTQIAPN+:
“Políticas públicas e conferências salvam vidas. Não falamos de privilégios, mas de garantir direitos para uma população invisibilizada.”
Juliana Rosa, do Serviço de Assistência Especializada (SAE) da Secretaria Municipal de Saúde, apresentou dados de saúde e reforçou a importância de ampliar serviços no SUS para reduzir desigualdades.
Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e a Antra, a expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil é de apenas 35 anos, sublinhando a urgência de ações efetivas.
Quem Também Participou
O evento contou com a presença de:
Giulliano Pacheco, secretário adjunto de Cultura
Leonardo Salles, assessor de Políticas Públicas LGBTQIA+
Thaís Marcelino, assessora jurídica da SMDH
Vereadoras Anna Beatriz e Vitalina
Ângela Xavier, coordenadora da Casa de Cultura
Entenda a Sigla LGBTQIAPN+
L Lésbica
G Gay
B Bissexual
T Transexual/Travesti
Q Queer
I Intersexual
A Assexual
P Pansexual
N Não-binária
+ Outras orientações e identidades
Foto: Eduarda Luzia