O governo de Luiz Inácio Lula da Silva emitiu hoje uma declaração condenando veementemente os ataques racistas sofridos pelo jogador brasileiro Vinicius Jr, do Real Madrid, durante os jogos da liga espanhola.
A nota, assinada conjuntamente pelos ministérios das Relações Exteriores, Igualdade Racial, Esporte e Direitos Humanos e Cidadania, solicita que as autoridades governamentais e esportivas da Espanha tomem medidas para punir os responsáveis pelos atos racistas e impedir sua repetição.
O governo brasileiro menciona explicitamente na nota a FIFA (Federação Internacional de Futebol), a Federação Espanhola e a LaLiga, que é o nome da primeira divisão do campeonato espanhol. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, já havia classificado os atos racistas como uma “maldade” que precisa ser combatida desde a raiz.
O Ministério das Relações Exteriores convocará a embaixadora da Espanha no Brasil, Mar Fernández-Palacios, para prestar esclarecimentos após o episódio racista ocorrido no último domingo, quando torcedores do Valencia chamaram Vini Jr. de “macaco”.
A partir do Japão, ainda no domingo à noite (horário brasileiro), o presidente Lula (PT) expressou solidariedade ao jogador e cobrou ações por parte das autoridades do futebol espanhol.
“É crucial que a FIFA e a liga espanhola tomem medidas sérias, porque não podemos permitir que o fascismo e o racismo dominem os estádios de futebol”, declarou Lula.
Em 10 de maio, o Brasil e a Espanha assinaram um acordo bilateral para combater o racismo e a xenofobia.



