Esse é o meu sentimento. Além de raiva e indignação, sinto que mesmo depois de décadas acompanhando a política, ainda me fazem de otário com a maior facilidade.
No dia da vergonhosa votação da Sogal, na qual os Vereadores deram mais quatro anos de concessão para a mesma empresa que o Prefeito disse em março do ano passado na Rádio Real saber estar quebrando, acompanhamos em tempo real a votação.
Eu alertava sobre a possibilidade de serem colocados jabutis, ou seja, projetos no mínimo polêmicos, para passarem despercebidos pela população.
Vimos a discussão sobre a Secretaria dos Mamíferos, que criou cargos para apadrinhamentos políticos com o pretexto de “defender causa animal”.
Foi uma tentativa de sedução ao Vereador do PV que, como “castigo” por não votar com os interesses desse desgoverno, vê os cargos sendo entregues ao seu concorrente direto.
Tudo isso percebemos.
O que não vimos diante dos nossos olhos foi a criação de cargos e modificação do plano de carreira no Legislativo.
Engordar vencimentos de quem dá suporte a eles, ajuda diretamente na campanha para a reeleição dos mesmos Vereadores que estão tomando essas decisões e que o povo deve estar atento, já que nem os que votaram contra o tal plano de carreira foram a Tribuna falar uma palavra sequer sobre mais esse absurdo.
Ou seja, enquanto ficávamos vendo o show de horrores com os ônibus, os Vereadores aprovaram projetos que impactaram o orçamento em quase CINCO MILHÕES DE REAIS.
Dinheiro nosso, usado para o pior tipo de gasto, o da politicagem.
Vão usar nosso dinheiro para tentar se reeleger.
E depende de cada um de nós decidir se eles merecem estar lá no próximo mandato ou não.
Não sei o sentimento de quem lê o que escrevo, mas o meu é o mesmo de um show de mágica. Chamam a atenção para uma mão, escondem a bolinha com a outra, depois que ela some o espectador fica com cara de bobo e aplaude.
Só que esse show de horrores eu não vou aplaudir.
Os mesmos que aprovam o orçamento são os que dizem não ter dinheiro para uma máquina de ressonância, mas para politicagem, nunca falta.