Para o demógrafo José Eustáquio Alves, que projetou que os evangélicos passariam os católicos em 2032, a desaceleração no crescimento pode ter a ver com a identificação com a extrema-direita e o bolsonarismo. O que possívelmente teria afasado muita gente que está buscando apenas refúgio espiritual na igreja.
Outra explicação, possível, seria o corte nos dados do Censo de 2022 que ouviu apenas pessoas maiores de 10 anos. Sendo que a faixa etária dos mais jovens, que optam por uma religião, geralmente preferem a evangélico.
Os dados foram apresentados na última sexta-feira (06) com base no último Censo realizado em 2022 e contraria as projeções: Em 1980 eram 6,5% os evangélicos no país, 2010 saltou para 21,6% e em 2022 ficou em 26,9% da população. Os católicos ainda são maioria com 56,7% e os sem religião agora são 9,3%.