Em pronunciamento que reduziu a escalada de tensão com o Irã, o presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (8/1) que os mísseis balísticos iranianos disparados contra bases abrigando tropas dos EUA no Iraque não feriram soldados americanos ou iraquianos, causaram “danos mínimos” e que a resposta, por enquanto, será o aumento de sanções econômicas contra Teerã.
“Vamos continuar a avaliar nossas opções e aplicaremos sanções adicionais até que o Irã mude seu comportamento”, afirmou Trump, chamando o país de “maior patrocinador do terrorismo” no mundo.
Ao mesmo tempo em que criticou o regime iraniano e afirmou que o general Qasem Soleimani — morto na semana passada por um ataque a drone americano, gatilho para as tensões atuais — era o “maior terrorista do mundo” e tinha “sangue americano e iraniano nas mãos”, Trump declarou que não quer usar seu poderio militar contra o Irã, que os EUA estão “prontos para abraçar a paz com os que a buscarem” e que EUA e Irã precisam trabalhar juntos em interesses “compartilhados”, como o combate ao grupo autodenominado Estado Islâmico.
Trump pediu que outros países da aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se envolvam mais no Oriente Médio e que potências internacionais envolvidas no acordo nuclear com o Irã (assinado em 2015, no governo de Barack Obama) abandonem a iniciativa e renegociem um novo acordo capaz de deter as ambições nucleares iranianas.
O presidente americano afirmou que as tropas dos EUA estão preparadas “para tudo”, mas que, por enquanto, “o Irã parece estar se acalmando, o que é bom para todas as partes envolvidas e muito bom para o mundo”.