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Estado de Calamidade Pública reconhecido no Rio Grande do Sul após catástrofes climáticas

Na esteira dos eventos climáticos que desencadearam uma série de catástrofes no estado do Rio Grande do Sul, um decreto legislativo foi emitido nesta quinta-feira (28) e publicado no Diário Oficial da União, reconhecendo o estado de calamidade pública nos municípios afetados.

Com a publicação desse decreto, as regras orçamentárias estabelecidas na Lei de Responsabilidade Fiscal serão flexibilizadas até o dia 31 de dezembro de 2024, proporcionando alívio financeiro aos municípios que se encontram sob sua abrangência.

De acordo com o mais recente relatório da Defesa Civil, nada menos que 107 municípios e mais de 402 mil pessoas foram diretamente impactados pelos eventos climáticos adversos. Com a declaração do estado de calamidade pública, diversas restrições, tais como limitações e condições para operações de crédito, contratações e recebimento de doações de recursos, não serão mais aplicadas. Além disso, os municípios terão a capacidade de realocar recursos inicialmente designados para outras finalidades, bem como gerar novas despesas visando à recuperação das áreas atingidas.

O estado do Rio Grande do Sul tem enfrentado uma série de instabilidades climáticas desde o mês de julho, marcado pela formação de vários ciclones extratropicais, tempestades, queda de granizo, enxurradas e inundações.

O evento mais grave ocorreu no início de setembro, quando um ciclone devastador deixou um rastro de destruição na região do Vale do Taquari, resultando na perda trágica de 50 vidas e no desaparecimento de outras 9 pessoas, de acordo com informações da Defesa Civil.

Para fazer frente a essa situação crítica, o governo federal tomou medidas emergenciais, incluindo a abertura de um crédito extraordinário de R$ 260 milhões através de uma medida provisória, visando à reconstrução das cidades atingidas. Até o momento, o governo federal alega que já investiu um montante total de R$ 741 milhões em ações relacionadas ao resgate de vidas, reconstrução das áreas afetadas e recuperação econômica das comunidades atingidas.

Adicionalmente, foi disponibilizada uma linha de crédito de R$ 1 bilhão aos municípios por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) foi liberado para a população que reside nas cidades impactadas, com o objetivo de auxiliar na reconstrução e recuperação das áreas afetadas.

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Bruna Santos
Bruna Santoshttps://realnews.com.br/
Jornalista que une o olhar atento da vida social à análise das principais notícias nacionais e políticas. Com sensibilidade e clareza, traz reflexões sobre o cenário atual e dicas especiais voltadas ao universo feminino, sempre valorizando informação, elegância e proximidade com suas leitoras.
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