Nesta terça-feira (2) inicia-se o julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). Julgamento este, que promete ser histórico, não apenas pelo fato de ser o julgamento de um ex-presidente da República, mas pelo ineditismo de julgar uma tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Segundo investigação da Polícia Federal, Bolsonaro era o chefe de uma trama golpista que planejava matar o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Morais. Além de prender outras autoridades da República.
Nos últimos meses, ministros da 1.ª Turma da Suprema Corte e o governo Lula têm sofrido sanções por parte do governo americano de Donald Trump (Republicano), aliado do ex-presidente, como a lei Magnitsky e a taxação de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.
Com o fim do julgamento, que deve durar algo em torno de duas semanas (se nenhum ministro pedir vista) e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Brasil dá mais um passo na consolidação da jovem democracia. Como bem disse em sua capa, essa semana, a revista inglesa The Economist: O Brasil dá lição de maturidade democrática aos Estados Unidos.
