A Câmara de Vereadores de Viamão protagonizou cenas lamentáveis na semana passada.
O Vereador Silvio Roberto Streit Junior renunciou ao cargo.
Como era Vereador do PTB e o cargo pertence ao partido, o próximo na suplência seria Jorge Batista Frota Bernardes, único suplente do PTB, eis que os suplentes Fabricio Ollermann de Oliveira e José Tranosco Venâncio Pinto saíram do PTB antes da renúncia.
Contudo, como ainda não está atualizada a lista de suplentes no TRE (em que pese a desfiliação já tenha certidão da justiça eleitoral apresentada pelo PTB para o Presidente da Câmara), a Presidência da Casa optou em chamar o sr. Fabrício, sustentando que só poderia dar o cargo do PTB ao partido com autorização judicial.
O próprio Procurador da Câmara concordou que o cargo pertence ao partido, porém disse que questões acerca de infidelidade partidária (o que não é o caso) devem ser resolvidos pela Justiça Eleitoral.
O Procurador da Câmara inclusive deu o fundamento legal que adiantava a impossibilidade de dar posse ao suplente Fabrício na primeira sessão, que deveriam apresentar a renúncia do Vereador Silvio e convocar, para sessão posterior, o suplente para a solenidade.
Contudo, o suplente Fabrício, que está envolvido no processo que envolve a GAMP e o afastamento do Prefeito e outros agentes políticos, trouxe alguns “vagabundos” (como os próprios se apresentam), para pressionarem os Vereadores a lhe dar posse imediata.
A pressão funcionou.
O Presidente da Câmara, contrariando o Decreto Municipal que determina que não possa ter nenhuma atividade com mais de trinta pessoas, permitiu a entrada de 50 pessoas no Plenário. Quis barrar a entrada da Rádio Real, mas acabou permitindo a entrada apenas de uma pessoa da emissora com o uso da câmera.
No saguão, entre a rua e o Plenário, deveriam ter mais ou menos umas vinte pessoas e dezenas de outros na rua, batendo nas janelas, gritando que os Vereadores que não concordassem com a posse imediata de Fabrício, seriam “visitados em suas casas a noite”.
Esses métodos utilizados pela Presidência da Câmara de Vereadores e do Vereador Fabrício merecem uma verificação mais profunda por parte do Ministério Público local, especialmente pelos rumores de que todo o atropelo tenha por pano de fundo a intenção de formar uma CPI em relação ao Executivo.
Ao sair da Câmara, a equipe de reportagem que acompanhava os fatos, foi entrevistar os manifestantes.
Wagner Andrade questionou quem estavam apoiando e foram unânimes em dizer que apoiavam o Vereador Fabrício.
Wagner perguntou para um dos manifestantes o que ele pensava sobre os processos que o Vereador Fabrício respondia e o manifestante disse que “todos os Vereadores eram ficha suja”, ao passo que Wagner Andrade perguntou se aquela generalização incluía o Vereador Fabrício.
Neste momento, os manifestantes cercaram Wagner e o cinegrafista, mandavam parar de filmar, perguntavam que tipo de pergunta era aquela e diziam que ali o “papo era de vagabundo”.
Wagner e o cinegrafista levaram tapas, chutes, empurrões, mas não sofreram linchamento pois a Brigada Militar atuou com presteza.
A Rádio Real não irá se intimidar e irá acompanhar, de perto, todos os desmembramentos dos fatos, que deverão ocorrer nos próximos dias. Acompanhe a Rádio Real e fique por dentro de tudo sobre este caso até o final. Veja, a seguir, as imagens da aglomeração, da pressão sofrida pelos Vereadores e das agressões sofridas pelos componentes da Rádio Real.
Confira o que aconteceu em Viamão na integra