Escândalo: como a gestão de Jairo Jorge em Canoas pode ter desviado mais de dez milhoes na educação

A Polícia Federal (PF) está desvendando os mistérios da Operação Capa Dura em Canoas, e o alvo principal é a gestão de Jairo Jorge. As ex-secretárias de Jairo Jorge, Beth Colombo e a detenta Sônia da Rosa, são suspeitas de terem recebido os bens investigados.

Sônia da Rosa, já conhecida por suas práticas questionáveis, foi presa na primeira fase da Operação Capa Dura. Ela é acusada de fazer contratos com o mesmo modus operandi em Porto Alegre. Agora, a PF está investigando se os atos criminosos começaram em Canoas, onde Sônia era secretária de Jairo Jorge antes de assumir o mesmo cargo em Porto Alegre.

A PF realizou buscas domiciliares e descobriu um esquema de superfaturamento que envolve a compra de mais de quatro milhões de Reais em livros didáticos e mais seis milhões de Reais em quarenta e quatro kits de robótica para as escolas municipais. O total ultrapassa dez milhões de Reais. A investigação está focada no direcionamento e sobrepreço, com indícios de pagamento de propinas.

Sônia teria supostamente recebido os kits de robótica, enquanto Beth Colombo teria recebido os livros. A Câmara de Vereadores também deve investigar esses esquemas.

Já existe uma CPI para apurar a compra de trezentas telas de setenta e cinco polegadas por mais de nove milhões de Reais. Isso daria quase uma média de três telas por escola, e ainda sobrariam sessenta telas. Cada tela teria custado mais de trinta mil Reais, e quem teria recebido tais telas também seria Beth Colombo.

É difícil acreditar que Jairo Jorge, em seu terceiro mandato, não saiba quantas escolas existem no município e que essa compra foi, no mínimo, abusiva.

O espaço está aberto para a resposta dos citados na matéria. A população de Canoas aguarda ansiosamente por esclarecimentos.

 

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Rodrigo Schmitt
Rodrigo Schmitthttp://realnews.com.br
Advogado criminalista há 25 anos, jornalista e gremista de coração

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