Em dezembro de 2019, dois reatores nucleares que abasteciam residências e fábricas na Suécia e Alemanha encerraram permanentemente a produção de eletricidade. Um dos reatores paralisados foi o Ringhals-2, da Vattenfall, na Suécia, com 44 anos de operação. Segundo informações da Bloomberg, as energias renováveis, como solar e eólica, atropelaram o modelo de investimento em energia elétrica tradicional na Europa. Com isso, a unidade da maior empresa elétrica da Escandinávia não gerava lucro, terminando na paralisação dos reatores.
Mais um efeito da transição energética impulsionada pelas renováveis foi na Energie Baden Wuertenberg, base da indústria de ponta no Sul da Alemanha, que, segundo a Bloomberg, está encerrando as atividades do reator Philippsburg-2, um dos maiores do país, responsável por abastecer enormes fábricas automotivas desde meados da década de 1980.
Na Alemanha, a chanceler Ângela Merkel decidiu desativar definitivamente as usinas nucleares até 2022 (dez reatores foram fechados desde 2011), após o acidente nuclear de Fukushima. Apesar desse desastre, a unidade não tinha previsão de ser fechada, até chegar a oferta imperdível de energia eólica e solar no país, o que antecipou a decisão.
Por outro lado, a Suécia ainda debate o futuro da energia atômica. No caso dos reatores Ringhals, enquanto três partidos apoiaram uma proposta para a continuação de suas operações que deveriam fechar em 2019 e 2020, quatro partidos da oposição queriam que a estatal Vattenfall suspendesse o encerramento das operações. De acordo com a Vattenfall, a decisão de descomissionamento foi motivada por questões comerciais.
Outro reator, de menor porte na Suíça, também foi permanentemente fechado em dezembro. Muhleberg foi a primeira estação atômica a ter atividades encerradas no país. O fechamento foi anunciado em 2015, quando a BKW informou que o descomissionamento seria o maior projeto da concessionária desde que a unidade começou a gerar energia, em 1972.
Com informações do Portal Solar