Um indivíduo foi sentenciado a 14 anos, quatro meses e 12 dias de reclusão, em regime fechado, por uma série de crimes que chocaram a cidade de Lages. O veredicto, que inclui acusações de estupro, coação e posse de material pornográfico de uma adolescente, foi proferido pela 2ª Vara Criminal da comarca de Lages, em um processo que tramitou em segredo de justiça.
Os fatos que culminaram na condenação ocorreram quando a vítima, ainda com 12 anos, teve seu número de telefone obtido pelo acusado, que então iniciou um contato por meio de mensagens. Após ganhar a confiança da adolescente, ele a pressionou a enviar fotos de partes do corpo nu. Com esse material em mãos, o agressor cessou o contato por um período, reaparecendo quando a vítima tinha entre 14 e 15 anos.
Nessa fase, o criminoso passou a exigir novas fotos, sob chantagem e ameaças de divulgar o conteúdo já obtido para os pais e vizinhos da adolescente. Aterrorizada com a possibilidade de exposição, a vítima enviou mais fotos íntimas. Posteriormente, o agressor continuou a coagi-la, demandando encontros para a prática de atos sexuais, tudo contra a vontade da jovem.
Os abusos ocorreram em diversos locais, incluindo terrenos baldios na cidade. A vítima, apenas quando atingiu a maioridade, teve coragem para deixar de ceder às ameaças que continuaram mesmo após a denúncia à polícia. A revelação dos fatos à família e o registro de um boletim de ocorrência foram cruciais para a busca de apoio médico e psicológico.
Vale ressaltar que o réu já enfrenta outros processos relacionados a pedofilia. A sentença que o condenou por estupro é passível de recurso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. A comunidade aguarda com expectativa o desenrolar desse caso, que lança luz sobre a necessidade de combater efetivamente crimes contra menores e proteger suas vítimas.