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E o Assunto é …Vacina !

Essa semana trago como assunto um tema que tem sido comum em nossas vidas, mas minha inquietude é sobre os comportamentos diversos em relação as Vacinas, tanto pelo Governo e cidadãos brasileiros, neste sentido como sempre faço, vamos relembrar alguns fatos históricos.

Em meados de 1904, chegava a 1.800 o número de internações devido à varíola no Hospital São Sebastião no antigo Estado da Guanabara – Rio de Janeiro, as camadas populares rejeitavam a vacina, que consistia no líquido de pústulas de vacas doentes, naquela época era esquisita a idéia de ser inoculado com esse líquido e como não poderia ser diferente comparando se como nos dias atuais em relação a vacina do COVID 19, existia um boato de que quem se vacinava ficava com feições bovinas.

Neste sentido parece que o Brasil não mudou as suas atitudes, primeiramente, temos em tom de brincadeira “ que poderemos virar jacaré” quem tomar vacina, mesmo sendo recente e ter correntes diversas do tipo de fabricante, efeitos e o livre arbítrio para ser vacinado ou não, tentamos igual ao passado ímpor regras , podemos nos diferenciar em categorias que parecem não ligar muito aos olhos de quem rege as leis , temos o grupo de vacinados, não vacinados, os que não podem se vacinar e os mortos com vacina e sem.

Faço essa referência com intuito de entender qual é a eficácia de um passaporte vacinal ,se já temos regras de cuidados em excesso, qual de fato é a diferença, quando vimos milhares de pessoas amontoadas em transporte público, praças e agora em alguns eventos esportivos com capacidade reduzida e de igual forma no comércio em geral.

Não temos condão de burlar, mas qual ação nos trouxe eficácia ?  Apesar que tentar-se novamente como alguns querem a obrigatoriedade aliadas com tantas novas medidas estaríamos de fato nos protgendo ? Cometeríamos erros cruciais de conceder apenas aos indivíduos vacinados contratos de trabalho, matrículas em escolas, certidões de casamento, autorização para viagens etc, como foi em 1904,criando se uma injustiça e preconceito institucional governamental com possível insatisfação diante de nova lei criada

Nosso Congresso suportaria em ano anterior de eleições tal deslinde, pois, tudo parece ser político com a possibilidade de imensos debates e uma CPI sem rumo de acerto. Antigamente sofremos igual questão que serviu de catalisador para um episódio conhecido como Revolta da Vacina, pois o povo, já tão oprimido, não aceitava ver sua casa invadida e ter que tomar uma injeção contra a vontade e assim foi às ruas da capital da República protestar, acredito que atualmente em tempos democráticos , desemprego, retomada tímida da economia à classe comum do Brasil teríamos grande desarmonia social .

Essa ação equívocada em torno da vacina também serviu de pretexto para a ação de forças políticas que queriam depor Rodrigues Alves,( parece déjà vu, não é …) se comparado aos dias atuais) onde tinha se como oposição um grupo de monarquistas que se reorganizavam, militares, republicanos mais radicais e operários, mas que após alguns dias sufocados pelo Exército perdeu se em força popular e vigor após repressão e perda de apoio.

O lado irônico foi que mesmo vencendo tal movimento o Governo aboliu a vacinação obrigatória, sendo uma ação desastrada e desastrosa na época, porque interrompeu um movimento ascendente de adesão à vacina fazendo se o povo clamar em 1908 pela volta da mesma, diante mortandade desenfreada pela novo surto de varíola, que assustou a população discrente anteriormente em seus efeitos e resultados.

Nos dias atuais seria impensável não existir tão importante ação para combater poderosa pandemia sem ter seus reais e contínuos efeitos ainda perto do fim. O dever de fornecer vacina está sendo realizado, basta agora querer ou não aceitar tal benefício e direito.

Término com a reflexão que a Saúde é medida que não deve ser politizada, mas feita com cautela e segurança para proteger toda uma população de males que possam trazer efeitos críticos e indesejados, afinal morrer não é pretensão de quem quer viver . Para os vacinados ou não , são tempos de contínua prevenção,força,persistência e coragem a todos.

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Eduardo Maluhy
Eduardo Maluhyhttps://realnews.com.br/
Advogado em Porto Alegre , Jornalista e Observador Político

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