Na madrugada deste domingo (15), uma parte da icônica plataforma marítima de Atlântida, localizada em Xangri-lá, sofreu um colapso espetacular. A estrutura, que se estendia por 280 metros sobre o oceano, já se encontrava em estado precário devido à falta de manutenção, conforme divulgado pela prefeitura local.
A crise se acentuou nos últimos dias, culminando na interdição do local no fim da semana passada, uma medida adotada pela Associação dos Usuários da Plataforma Marítima de Atlântida, responsável pela administração da estrutura. Felizmente, não foram registrados feridos como resultado do incidente.
Fundada em 1975, a plataforma marítima era reconhecida como um ponto de referência no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, principalmente para os amantes da pesca. Anualmente, atraía cerca de 30 mil turistas, tornando-se um dos destinos mais populares da região costeira. A Associação dos Usuários relata que nos últimos anos, a plataforma enfrentou “duros impactos estruturais” devido às violentas ressacas do mar.
Diante da situação crítica, a prefeitura de Xangri-lá emitiu um comunicado exortando banhistas e surfistas a evitarem se aproximar da área adjacente à plataforma por razões de segurança. Ressaltou também a necessidade de aprovação por parte do Ministério Público Federal (MPF) e da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) para qualquer intervenção na Plataforma Marítima de Atlântida, uma vez que a estrutura é considerada patrimônio da União.
A estimativa de investimento para revitalizar a plataforma é de R$ 5,7 milhões, e a prefeitura se comprometeu a cooperar ativamente com as autoridades competentes. “Reforçamos que a intervenção pública é condicionada à autorização da União. Comprometemo-nos com a manutenção, conservação e revitalização da Plataforma Marítima de Atlântida, integrada em nosso projeto”, declarou o Executivo municipal.
Foto: Alexandre Prudencio/Divulgação