Criticado antes mesmo de vestir a camisa do Grêmio, Tiago Volpi conseguiu o que poucos acreditavam: dar a volta por cima no Grêmio. Aos 34 anos, o goleiro chegou do Toluca, do México, onde havia sido campeão na temporada 2024/2025. Ainda assim, carregava o peso das desconfianças por sua passagem irregular pelo São Paulo — um histórico que fez muitos torcedores torcerem o nariz quando o nome dele foi anunciado em Porto Alegre.
O início no Tricolor foi turbulento. Volpi alternou grandes defesas com falhas que alimentaram a impaciência das arquibancadas e das redes sociais. Mas foi justamente nos momentos de maior pressão que ele mostrou o porquê de ter sido contratado: defesas em jogos decisivos, pênaltis defendidos e até gols marcados — sim, gols — que garantiram classificação na Copa do Brasil e reacenderam a confiança do elenco e da torcida.
De vilão a protagonista, o camisa 1 passou a ser uma das principais lideranças do grupo. Suas atuações contra Flamengo e Botafogo foram determinantes para resultados importantes que trouxeram muita confiança ao elenco. Fora de campo, o perfil experiente e a postura de quem não se esconde nos momentos difíceis fizeram dele uma voz de peso no vestiário.
Hoje, Volpi representa algo maior do que boas defesas: ele simboliza resiliência, superação e estabilidade em um clube que vive um período de reconstrução e incerteza política. Por tudo isso, mantê-lo como titular em 2026 não é apenas uma escolha técnica — é um ato de coerência, justiça e reconhecimento.
Tiago Volpi está provando que merece ser o dono da meta gremista. E, ironicamente, essa afirmação vem de quem um dia duvidou dele.
Foto: Victor Lannes



