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Crítica – O Macaco: terror sobrenatural que expõe conflitos familiares

O filme “O Macaco” apresenta uma narrativa de terror centrada em um brinquedo antigo que se torna instrumento de morte e caos. A história começa quando um homem leva um suposto “macaco de brinquedo” a uma loja de antiguidades. O vendedor rejeita a compra, afirmando que não adquire brinquedos e que o objeto não parecia funcionar adequadamente. No entanto, ao acionar o mecanismo, o macaco bate o tambor e provoca a morte do comerciante, revelando sua natureza sobrenatural.

Assustado, o dono tenta destruir o brinquedo, mas o artefato retorna à casa da família, desencadeando uma série de mortes que atravessam gerações. Um dos elementos mais instigantes do enredo é a relação dos filhos do protagonista: gêmeos competitivos, marcados por rivalidade constante e incapazes de convivência saudável. O macaco, que exige ser acionado por meio de uma chave, não mata quem o usuário deseja — mas quem ele “escolhe”.

Em um momento decisivo, a mãe deixa os filhos com a babá para sair à noite. O brinquedo é ativado durante um jantar em um restaurante chinês, resultando na morte da cuidadora. A narrativa avança mostrando como o gêmeo vítima de bullying, tanto do irmão quanto de colegas, tenta usar o macaco para se vingar. O desfecho dessa cena, no entanto, surpreende e intensifica a tensão familiar.

Anos depois, já adultos, os irmãos seguem caminhos distintos. O gêmeo antes intimidado se afasta da família e constrói sua própria vida, enquanto o outro mantém a postura de superioridade. Uma nova tragédia os reúne, reacendendo ressentimentos antigos. O conflito culmina quando o irmão que sempre se considerou “melhor” decide acionar o macaco para eliminar o outro — mas acaba sendo vítima de si mesmo, em um final melancólico.

Mensagem central

Mais do que um filme de terror, “O Macaco” aborda questões profundas sobre rivalidade, mágoas familiares e o impacto duradouro de relações tóxicas. A obra sugere que, muitas vezes, os maiores conflitos surgem dentro da própria família. Fica o convite ao espectador: depois de assistir, vale refletir sobre como lidamos com nossos vínculos e se realmente estamos seguros dentro deles — até mesmo nas festas de fim de ano.

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