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CORONAVIRUS AUMENTA CAOS NAS PRISÕES

Na data de hoje, familiares estão fazendo protesto na frente da Penitenciária Está tadual do Jacuí.
Na Terceira Galeria do Pavilhão C, em 17 de junho, um detento apresentou sintomas que levaram a internação.
Foi comprovada a contaminação dois dias após.
No dia seguinte, outro preso necessitou de internação hospitalar, só que do Pavilhão A, da mesma Galeria.
Esperaram passar dois dias e testaram apenas 12 presos, sendo que 4 presos tiveram casos confirmados.
No dia posterior, testaram apenas mais 8 e, dentre eles, 3 casos foram confirmados.
Os dois pavilhões foram interditados, mas não temos transparência de como está a situação lá dentro.
As informações passadas são as oficiais da própria Penitenciária, como consta na nota oficial que está exposta em frente a casa prisional e que acompanha a presente matéria.

OUTROS CASOS NO RS

Até hoje a morte de presos que supostamente se suicidaram, não foram suficientemente esclarecidos para a população.
Tivemos um caso suspeito na PASC e outro em Montenegro.
A Penitenciária de São Leopoldo, com 118 presos, foi obrigada a colocar todos em prisão domiciliar.
No dia 23, a Prefeitura de São Leopoldo determinou a testagem de 85 presos e 48 estavam doentes.

NO BRASIL

Bolsonaro já foi denunciado a ONU e a OEA, acusado de “politica colonial e genocida” nos presídios brasileiros durante a pandemia, no dia 23, assinada por 213 entidades, inclusive com denúncia de “desaparecimentos forçados”.
O aumento dos casos foi de 800 por cento, chegando a mais de 2200 casos até a segunda semana de junho.
Temos aproximadamente um milhão de presos expostos a sistema de aglomeração.
O primeiro caso registrado oficialmente teria ocorrido em8 de abril. Em 20 dias já havia passado de cem casos. O DEPEN estima que até o dia 22 teriam tido, dentro do sistema carcerário, 3482 casos confirmados e 875 suspeitos.
56 presos já morreram de COVID dentro das cadeias.
Apenas 5 por cento da população carcerária foi desencarcerada por risco de morte com a pandemia e apenas 0,1 por cento dos presos foram testados.
O terceiro maior contingente carcerário do mundo está exposto a uma letalidade cinco vezes maior do que a sociedade, tendo em linha de conta as condições de insalubridade do sistema, aliado aos problemas nutricionais e as recorrentes doenças que infectam em maior proporção aos presos, como os surtos de leptospirose e tuberculose.

OUTROS FATOS RELEVANTES

Apenas agora estão distribuindo máscaras aos presos da PEJ.
Os presos não usam máscaras nos estabelecimentos prisionais e, quando alguém chega no sistema carcerário vindo da rua, é mantido em separado por 14 dias, em Galeria própria, para ver se apresentam sintomas, antes de serem misturados com outros presos.
A medida não possui nenhuma lógica.
Os presos novos chegam todos os dias.
Um preso que está na galeria isolada por 13 dias, no último dia é colocado junto do preso que chegou naquele dia da rua.
Ou seja, ele corre o risco de se contaminar no décimo quarto dia e levar o vírus para os demais detentos.
Temos presos que estão recolhidos sem julgamento há anos, apenas pela gravidade da acusação que sofrem, mesmo que se presumam inocentes enquanto não forem julgados.
Os Fóruns seguem fechados, mesmo anunciando que voltariam a normalidade de atendimento no dia primeiro do mês passado, que depois prorrogaram o fechamento para o dia 15, depois para o dia 30, depois para o dia primeiro deste mês, depois 15, depois 30, agora 15 do mês que vem,…
A realidade é que a situação está atingindo seu pico agora.
Levará muito tempo para se normalizar.
Neste ano, julgamentos por júri popular são inimagináveis, uma vez que a estrutura humana necessária é gigantesca.
Está na hora de os julgadores serem menos cruéis do que o que imaginam sobre seus presos.
Afinal, a maioria da massa carcerária não está recolhida por torturar pessoas em masmorras e cometer genocídio.

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