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Condições climáticas desafiam agricultores em Lagoa Bonita do Sul: excesso de chuvas compromete plantio e produção

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagoa Bonita do Sul, Sidnei Bach, alertou sobre os desafios enfrentados pelos agricultores da região devido ao excesso de chuvas, afetando principalmente o plantio de feijão e soja. A região, não conhecida por sua produção de feijão, está enfrentando problemas de germinação e crescimento inadequado nas plantações. O plantio de soja também está atrasado, com muitos agricultores recorrendo às áreas antes destinadas ao trigo, cuja colheita foi prejudicada pelas chuvas.

“Muitas áreas não puderam ser plantadas devido à umidade excessiva, o que inevitavelmente resultará em uma diminuição na produção”, destacou Sidnei. O milho, que geralmente se beneficia das chuvas, apresenta algumas lavouras precoces, mas o clima desafiador tem impactado o desenvolvimento de outras culturas.

Sidnei ressaltou que, após três anos de seca, o clima teve uma reviravolta, iniciando um inverno chuvoso que complicou a preparação do solo e o plantio. O tabaco, sensível à umidade, enfrenta uma possível queda na produção devido ao excesso de chuva, prejudicando o desenvolvimento das folhas e o peso do produto.

O tabaco na baixada apresenta qualidade inferior devido ao excesso de umidade, resultando em casos isolados de apodrecimento nas estufas.

O presidente do sindicato também abordou a aceleração do processo de maturação devido às chuvas, enfraquecendo os nutrientes do solo, afetando o amarelamento das plantas de tabaco. Em algumas áreas, os produtores já estão colhendo tabaco plantado mais cedo, representando um cenário de produção precoce.

Na região mais baixa, onde a água ficou empoçada devido ao terreno plano, espera-se uma redução na produção. Contudo, há expectativas mais positivas para o tabaco plantado mais tarde, com a esperança de que ele possa compensar as perdas.

Quanto à legislação que garantiria a classificação do tabaco na propriedade, Sidnei mencionou os desafios enfrentados pelos agricultores. Apesar da aprovação da lei, empresas entraram com ações judiciais para suspender sua implementação. A FETAG tomou medidas legais para reverter a liminar, argumentando a importância da aplicação da lei para garantir uma relação mais justa entre produtores e empresas.

Enfrentando um panorama desafiador, os agricultores de Lagoa Bonita do Sul buscam soluções para preservar suas safras e garantir a sustentabilidade de suas atividades agrícolas em meio às adversidades climáticas e legais.

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