Condenado o maior falsificador de documentos de Santa Catarina

No dia 17 de fevereiro de 2023, o Tribunal de Justiça confirmou a condenação de um homem responsável pelo esquema de falsificação de documentos em Santa Catarina. Segundo a polícia, a operação que resultou na sua prisão foi considerada a maior apreensão de documentos falsos da história do estado.

O falsário foi condenado a 12 anos, dois meses e 17 dias de reclusão em regime inicial fechado, além de multa. Ele foi flagrado em um apartamento em Camboriú, onde produzia documentos fraudulentos, como registros de identidade, carteiras de habilitação, cheques e certidões de nascimento. Segundo ele mesmo admitiu em depoimento, seu público consumidor era composto por foragidos da Justiça e estelionatários.

Como a polícia descobriu o esquema

A polícia chegou até a “central de falsificação” do falsário por meio de investigações sobre foragidos da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, que teriam fugido para o litoral catarinense após uma fuga do presídio. Dois homens foram presos com documentos falsos, e indicaram o endereço em Camboriú onde obtiveram seus registros de identidade. A partir daí, a polícia invadiu o domicílio do falsário e descobriu todo o material utilizado na produção de documentos fraudulentos.

Como o falsário agia

De acordo com as investigações, o falsário utilizava diversos métodos para falsificar documentos, como falsificações, sobreposição de papel suporte, adulteração, edição, supressão ou raspagem de imagens. Ele afirmou que conseguia as informações e insumos necessários pela internet, como no caso de um carimbo em alto relevo com o brasão da república encontrado em seu escritório. Além disso, os autos do processo indicam que ele possuía cédulas originais de RGs de diversos estados brasileiros, que foram identificadas como sendo furtadas nas origens. Por ter adquirido essas cédulas consciente da ilicitude do ato, o falsário também foi condenado por receptação dolosa.

Histórico do falsário

O envolvimento do falsário com o crime era antigo. Ele já havia passado por diversos presídios do sul do país, como Pelotas-RS, Cornélio Procópio-PR, São José dos Pinhais-PR e Itajaí-SC. Foi em uma permissão de saída temporária do presídio de Canhanduba, no litoral norte catarinense, que ele decidiu não voltar para a prisão e começou a trabalhar com falsificação de documentos para antigos companheiros.

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