Com o aumento da presença de brasileiros na Europa, o italiano ganha força como idioma de futuro. A professora ítalo-brasileira Roberta Bolchi explica por que dominar a língua pode abrir portas profissionais, culturais e afetivas para quem deseja viver na Itália.
Entre 2020 e 2023, o número de brasileiros que vivem em países da Europa cresceu 29%, passando de 1,3 milhão para 1,6 milhão, segundo dados do Itamaraty. Portugal segue como principal destino, mas a Itália vem chamando atenção como um caminho de recomeço, por afinidade cultural, oportunidades de trabalho e qualidade de vida. Nesse novo cenário, o domínio do italiano tem se mostrado um diferencial cada vez mais importante.
“Aprender italiano é abrir possibilidades”, diz Roberta Bolchi, professora, tradutora e fundadora da Italia da Beta. “A língua aproxima, cria confiança e ajuda o brasileiro a se inserir de verdade na vida do país. Quando o aluno domina o idioma, ele entende mais do que as palavras, ele entende as pessoas.”
Nascida em Lucca, na Toscana, e criada em São Paulo, Roberta cresceu em um ambiente bilíngue, frequentando o Colégio Italiano Eugenio Montale. Essa vivência entre culturas moldou o olhar que hoje define seu trabalho. “Aprender italiano comigo não é decorar regras. É compreender o contexto, o ritmo das conversas, o que está por trás de cada expressão”, explica.
Antes de descobrir sua verdadeira vocação no ensino, Roberta viveu os bastidores da comunicação entre Brasil e Itália. Atuou como intérprete e tradutora para empresas como Parmalat, Pirelli, Polti e Cragnotti, acompanhando reuniões, negociações e adaptações culturais. Essa vivência mostrou que falar um idioma é também entender o outro, suas intenções, gestos e silêncios. “Traduzir é criar pontes, não apenas trocar palavras”, diz. Dessa compreensão nasceu o método que hoje orienta seu trabalho: ensinar de forma humana, prática e conectada à realidade de cada aluno.
Na Itália da Beta, cada aluno é tratado como um projeto único. A professora identifica objetivos, desafios e contexto pessoal antes de definir o percurso de estudos. “O método nasce da meta”, explica. “A gramática entra quando faz sentido. O foco é o uso prático, a fluência funcional, aquela que permite conversar com naturalidade em uma entrevista, no trabalho, na vizinhança.”
A metodologia se apoia em três valores centrais: acolhimento, empatia e autenticidade. O acolhimento cria o ambiente de confiança que liberta o aluno para errar e evoluir. A empatia vem da própria vivência de Roberta entre dois mundos, e a autenticidade garante o contato com o italiano real, aquele que se fala nas ruas, nas empresas e nas relações cotidianas. “Quando o aluno se sente compreendido, ele aprende de verdade. O idioma passa a fazer parte da vida.”
Os resultados aparecem nas histórias de quem passou por suas aulas. “Estudar com você foi fundamental para o meu sucesso profissional na Itália”, escreveu Angelo Fukagawa, um de seus ex-alunos. “Você fez toda a diferença no meu aprendizado”, contou Samanta Luiz Maria Fernanda Buscariolli. “Roberta, você foi nota mil”, disse Paulo Lago. São mensagens que, para ela, traduzem o propósito do seu trabalho. “Eu ensino a língua, mas o que entrego é autonomia.”
Com aulas totalmente online, Roberta leva sua experiência ítalo-brasileira a alunos espalhados por diferentes países. As turmas podem ser individuais ou em grupo, sempre com acompanhamento próximo e planos personalizados. “A tecnologia aproxima, mas o que sustenta o aprendizado é o vínculo humano”, reflete. “Ensinar é um ato de conexão, não de repetição.”
Para Roberta, o italiano é mais do que uma língua: é uma forma de pensar e pertencer. “As pessoas acham que aprender é memorizar palavras. Mas é muito mais do que isso. É entender o outro, é se reconhecer no que se diz”, afirma. “Quando um aluno descobre isso, ele não está apenas aprendendo a falar. Está aprendendo a viver em outra dimensão de si mesmo.”
Mais informações sobre o trabalho de Roberta Bolchi estão disponíveis no Instagram, Facebook ou diretamente pelo WhatsApp da professora.
