Não é de hoje, movido pelo lugar significante no olhar de psicanalista, que digo que não tenho partido, por ser “par-ti-do” e que movimento me inspira mais à minha militância. Como ativista LGBTQIAPN+, tenho sido independente. Porém, agora no trabalho, com a “Feira e Baile da Diversidade”, passei a conviver mais com a liderança firme e não sectária, com a qual me identifico, de Roberto Seintenfus, da Parada de luta e da Ong “Desobedeça”, que também é pela mesma causa.
Estou emocionado, pois no final dos anos 80, fui um dos pioneiros na militância LGBTQIAPN+, pós ditadura, na primeira eleição pra vereador, na qual trabalhei na campanha “Desobedeça” pela candidatura do saudoso Zezinho Oliveira, que ousava trazer a pauta da liberdade de gênero e orientação sexual, que foi inspiradora da Ong atual. Daí, achei que tinha sido minha hora de militar nela, engajado pela importância histórica e significante na minha vida.
Minha primeira ação como militante do“Desobedeça” foi votar na plenária do OP (Orçamento Participativo), apoiando a chapa única de Marivane Anhanha Rogério, na perspectiva de fomentar o turismo e a Parada de luta do Mercosul, meta pra 2024, de todos nós. Unidos, elegemos dois delegados.
O OP recebe apenas 1,8% dos investimentos das finanças municipais (maiores informações pelo e-mail: op.observatorio@gmail.com).
Procurando entender mais os desinvestimentos, em áreas como saúde, educação, fiz uma breve entrevista com Marivane, que trouxe posições importantes, fazendo um balanço do que é positivo também e da importância dos investimentos nos eventos da diversidade:
“A falta de investimento nestas áreas é catastrófica, pois as comunidades elencam suas demandas de acordo com o que mais precisam. E, nada melhor de que quem precisa, escolha e informe ao município onde investir.”
Quanto à distribuição dos valores do OP, hoje está sendo passado 80% do valor para as 17 regiões em fatias iguais e 20% para as 6. Temáticas também em fatias iguais. Percentuais definidos na última revisão do RI (regimento interno).
O Positivo está sendo estes valores definidos e sendo aplicados diretamente para o OP, pois depois de muitos anos sem demandas pagas, voltamos em 2022 a receber. Em 2022, R$10 milhões, 2023, R$15 milhões e para 2024, R$20 milhões. E, foram distribuídos em partes iguais para temática e regiões em 22 e 23, mas, para 24 muda seguindo o percentual definido (80% região e 20% temática).
Poderemos trabalhar mais e principalmente, divulgar e trazer ao conhecimento e participação da comunidade no geral, através do nosso material e eventos direcionados a uma parte da sociedade.
A importância é termos nossos delegados, dentro das regiões e temáticas, para visibilidade e colocação de nossas demandas nas partes de saúde, educação, trabalho e renda e, Turismo Cultural nos eventos direcionados à diversidade. Mostrar a real necessidade desta grande parte da população até então “invisível”.
Na esteira das colocações de nossa conselheira, Marivane Anhaha Rogério, Prefeita da Praça Brigadeiro Sampaio, seguimos apostando na potência instituinte na desarticulação dos preconceitos e avanço nos direitos da comunidade LGBTQIAPN+.
E a Brigadeiro Sampaio segue como trincheira de empreendedorismo e lazer cultural: No dia 19 de agosto, dia da visibilidade lésbica, teremos a “Feira e Lesbian’S Pic-nic”, com pagode das gurias, show com Ilse Lampet, roda de conversa e muito som com a Dj Anav.
Com essa união e dispositivos, estamos somando forças para que os eventos ligados à diversidade sexual e suas demandas, sejam convergentes, como afilhados, para construirmos a Parada de Luta do Mercosul.