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Com a mão de Mano e o brilho dos protagonistas, Grêmio vira sobre o Palmeiras e garante matematicamente permanência na Série A

Grêmio e Palmeiras entregaram um grande espetáculo na Arena. O duelo, marcado por virada, intensidade e grandes lances, terminou com vitória tricolor por 3 a 2 — resultado que selou matematicamente a permanência gremista na Série A de 2026.

Mesmo com foco total na final da Libertadores, o Palmeiras chegou a Porto Alegre com um time alternativo, mas altamente competitivo. E isso ficou claro no primeiro tempo: a equipe de Abel Ferreira dominou amplamente as ações, impôs ritmo, ocupou os espaços e deixou o Grêmio desconfortável dentro de casa. O gol de Facundo Torres, após falha defensiva pelo lado direito, traduziu o que foi a etapa inicial: um Grêmio espaçado, lento nas coberturas e pouco criativo, repetindo problemas vistos na derrota para o Botafogo.

A pressão da torcida aumentava, especialmente sobre Mano Menezes e sobre Edenilson, que teve atuação apagada. Porém, nos minutos finais do primeiro tempo, o Tricolor encontrou o empate. Após arremesso lateral, Wagner Leonardo desviou e Amuzu apareceu com oportunismo para fuzilar Lomba e aliviar parte da tensão na Arena.

Se o primeiro tempo foi desorganizado e preocupante, a volta do intervalo apresentou outro Grêmio. Mano Menezes acertou na estratégia e nas trocas: Willian entrou no lugar de Edenilson, enquanto Alysson substituiu Pavón. Com melhor ocupação de espaços, linhas mais compactas e circulação de bola mais rápida, o time passou a envolver o Palmeiras.

E foi nesse cenário que os protagonistas começaram a chamar a responsabilidade. Arthur ditou o ritmo e deu inteligência ao jogo; Willian acrescentou qualidade técnica; Amuzu cresceu pela esquerda; e Carlos Vinicius se impôs fisicamente na área.

A virada veio após jogada trabalhada pela direita, em que Carlos Vinícius sofreu pênalti de Aníbal Moreno — lance confirmado pelo VAR. O próprio centroavante converteu e chegou ao seu décimo gol no Brasileirão pelo Grêmio.

O Tricolor manteve a pressão e criou outras boas oportunidades, principalmente com Alysson. Na reta final, Arthur invadiu a área e sofreu novo pênalti, que resultou também na expulsão de Giay após revisão do VAR. Willian chamou a responsabilidade e marcou seu primeiro gol com a camisa do Grêmio, coroando sua ótima entrada. Ainda deu tempo para o Palmeiras descontar, mas a vitória gremista estava consolidada.

Mais do que os três pontos, o jogo expõe um ponto-chave: quando o Grêmio tem seus jogadores de maior qualidade técnica à disposição e bem posicionados, a dinâmica do time muda completamente. Arthur, desde que chegou, é o cérebro do meio-campo. E a entrada de Willian mostrou como atletas de leitura superior alteram o funcionamento coletivo. Jogadores como Dodi, úteis e esforçados, funcionam melhor quando têm ao lado protagonistas capazes de carregar o jogo.

Mano Menezes merece crédito pela leitura no intervalo, pelos ajustes e por confiar em suas peças mais qualificadas. O resultado passa por ele — e passa principalmente por quem chamou o jogo quando mais precisava.

A vitória sobre o Palmeiras, reforça a necessidade de manter um elenco com líderes técnicos e sela a permanência na elite. Agora, com o alívio da matemática resolvida, o clube pode olhar para frente com mais clareza e planejamento e quem sabe nesses dois jogos que ainda restam, o time possa sonhar com uma possível pré-Libertadores, mas a real chance do clube é a confirmação de uma vaga direta na Sul-Americana de 2026.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio

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