Mesmo com mudança nas duas casas, Câmara e Senado, dificilmente, Lula vai respirar aliviado.
Com a eleição, ontem, de Hugo Motta (Republicanos) para presidir a Câmara dos Deputados e Davi Alcolumbre (União) para presidir o Senado Federal, o governo Lula espera tempo melhores na relação com as duas Casas, principalmente, a Câmara.
Mas, tudo indica que pouco, ou quase nada, vai mudar. Afinal, nem deputados, nem senadores querem perder um orçamento de mais de 50 bilhões, previsto para esse ano, distribuídos sem critérios técnicos para suas bases eleitoriais. E esse é o grande calo na relação entre os dois poderes.
Por outro lado, os dois, Hugo Motta e Davi Alcolumbre têm votado, na maioria das vezes, com o governo. Como mostrou reportagem do Estadão publicado hoje na versão impressa do jornal. Motta seguiu a orientação do governo em 88% das vezes, Alcolumbre, outros 86%.
De qualquer forma, o governo Lula passa por um período de alta rejeição na sociedade: no último levantamento da Genial/Quaest, pela primeira vez, Lula aparece com 49% de reprovação e 47% de aprovação. Ou seja, o preço para o governo ter apoio das duas Casas subiu consideravelmente.
