O RT-PCR é o famoso “teste do cotonete” que é o mais utilizado para detectar o vírus causador da COVID-19. Deve ser coletado em todas as pessoas que chegam às Unidades Básicas de Saúde ou às UPAs, com sintomas. Entretanto, só Deus sabe quando teremos o resultado à disposição do médico e do paciente, pois o material colhido do nariz e da garganta é encaminhado ao Laboratório Central do Estado, o Lacen, que fará a análise. O que vem acontecendo com certa frequência é que os resultados têm chegado quando já se passaram 12 a 15 dias depois do primeiro dia da doença. Em muitos casos, o médico aguarda o resultado para afastar o paciente, mantendo-o em quarentena, para não infectar as demais pessoas, e outros aguardam para iniciar o tratamento. Algumas perguntas não querem calar: Por que continuamos a fazer esses exames, já que a fase em que o paciente transmite a doença é no máximo 14 dias, ou seja, o resultado chega depois que o paciente já esta curado, foi para uma UTI, ou já morreu? Por que esperar o resultado se o que vai ser prescrito mesmo é o Paracetamol ou Dipirona e Azitromicina, medicamentos que reconhecidamente não tem nenhuma efetividade em evitar que o paciente acabe na UTI, ou no cemitério? Muitas vezes, quando o paciente recebe o resultado, já foi enterrado.
Alguma coisa está errada. O que gestores e profissionais da área têm a dizer a respeito? Não vale o Sr. Governador Eduardo Leite responder que é devido a falta de pessoal. E pensar que se o tratamento precoce fosse prescrito, as UTIs estariam vazias e os cemitérios com uma demanda bem menor. Diante de tudo isso, a fala de um secretário municipal foi: “Não há fórmula mágica. É uma doença que está abalando o mundo inteiro.” Lamentável. Se existe algo que pode e vem dando certo, não é melhor do que deixar o sistema de saúde em colapso como estamos agora? Com certeza evitaria milhares de mortes.