O julgamento do médico Leandro Boldrini, acusado de matar o próprio filho Bernardo, entrou no quarto dia em Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Com o encerramento dos depoimentos, o julgamento seria retomado a partir do interrogatório do réu, mas, por questões de saúde, Boldrini foi dispensado pela presidente do Tribunal do Júri, Sucilene Engler Audino, e pelas partes, segundo o Tribunal de Justiça.
O julgamento avançou direto para a etapa final, dos debates orais, com um hora e meia para a acusação, uma hora e meia para a defesa do réu, mais uma hora de réplica para o Ministério Público e uma hora de tréplica para a defesa.
Depois, o Conselho de Sentença se reúne para decidir sobre o caso. Após a decisão dos jurados, a magistrada anuncia a sentença. A previsão é de que o júri termine nesta quinta-feira.
O caso de Bernardo chocou o país em 2014, quando o menino desapareceu em Três Passos e, dez dias depois, seu corpo foi encontrado enterrado em uma cova vertical em uma propriedade às margens do rio Mico, em Frederico Westphalen. Desde então, a investigação apontou como responsáveis pelo assassinato o pai do menino, o padrasto, a mãe e uma amiga da família.
Debates orais
A etapa dos debates orais é uma das mais importantes do julgamento. É quando a acusação e a defesa apresentam seus argumentos finais para o júri, buscando convencer os jurados sobre a culpa ou inocência do réu.
Para a acusação, esse momento é crucial, pois é a última oportunidade de apresentar as provas e argumentos que sustentam a acusação. A defesa, por sua vez, busca enfraquecer esses argumentos e apresentar outros que possam levar os jurados a considerar a inocência do réu.



