Caos na saúde pública de Gravataí

A saúde pública de Gravataí está um caos. Não é de hoje que as reclamações chegam tanto para a imprensa como para os vereadores.

Após receber várias mensagens, na noite desta quinta-feira (5), de pacientes relatando sobre a demora no atendimento, principalmente das crianças, o vereador Bombeiro Batista deslocou-se até a UPA para averiguar a situação e ajudar as pessoas que lá estavam.

Ao chegar no local, o vereador solicitou que chamassem o responsável pelo turno da noite, e pasmem, o vereador foi informado que a nova ordem era de não deixar os vereadores entrarem na unidade de saúde, resta-me saber se essa ordem cabe aos vereadores de situação também.

Ao entrar na UPA, conforme relata o edil em suas redes sociais, foi constatado por ele que faltava um médico clínico, um pediatra, sendo que teve que ser remanejado uma outra pediatra para cobrir a falta dos dois médicos.

Mas as barbáries não param por aí, para a surpresa de todos, o responsável da UPA, requisitou a  presença da Brigada Militar para impedir a fiscalização. Conforme o vereador, a alegação para tal atitude era justamente devido ao trabalho que lhe é de direito, fiscalizar.

A BM ao chegar na Unidade de Pronto Atendimento, ouviu ambas as partes e informou aos profissionais que estavam lá no momento, que não poderiam obstruir a entrada dos parlamentares para realização da fiscalização.

Esteve presente no local o vereador e advogado Cláudio Ávila que foi acionado pelo colega para que ajudasse na situação. Segundo Ávila, a Santa Casa, que ele chama de “açougue de Gravataí”, já recebeu R$ 200 milhões dos cofres públicos e que não é difícil perceber que esse dinheiro não serviu para melhorar a vida da população de Gravataí. “A Santa Casa, notoriamente, visa apenas o lucro e não a vida, se aproveitam da falta de capacidade do comando da saúde do município para ofender a dignidade humana” – diz Cláudio.

Também esteve presente no local o vereador Fernando Pacheco que ficou estarrecido com a situação e a tentativa de “censura ao trabalho” na UPA.

Os vereadores garantem que representarão no Ministério Público a tentativa de obstrução da fiscalização dos parlamentares e a intimidação, ofensiva ao erário, com o desnecessário chamado da Brigada Militar. Além, é claro, do já requerido, pedido de investigação do destino dos valores e para quais fornecedores estão sendo destinados.

Lamentável essa situação para a quarta maior arrecadação do Estado.

 

O espaço é democrático, os interessados podem entrar em contato com nossa redação.

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