Na coluna desta semana depois de 15 dias aproximadamente de afastamento convido o leitor a uma reflexão nova sobre o nosso papel na política , lógico como sempre buscando o passado que tanto contribuiu em nossa formação de opinião.
No mundo atual com tantos acontecimetos e a rapidez de notícias e fatos políticos , não seria comum algumas vezes mudarmos nossa opinião, podendo na teimosia muitas vezes ser comparada a um radicalismo cego e com razões equivocadas, ou seja , mantemos uma divisão de opiniões sem interesse de ponto comum para irmos adiante.
Nos últimos governos, ouvimos reiteradamente a palavra, fora, golpe, releição, militarismo, ditadura, socialismo, corrupção, minoria, elite, povo e entre tantas, mas a palavra Brasil, essa com certeza não ouvimos de forma enfática e unificada entre as várias correntes divergentes entre si.
Puxo em minha memória, os primeiros ensinamentos de história e lógico trago para refletirmos o que talvez assim tenha sido a nossa primeira ansiedade política, a mesma surgiu nos tempos do Brasil Colonial, quando o Príncipe Regente em 9 de Janeiro de 1822 , descumpriu a ordem de retorno para Portugal, desobedencendo D.João que precisa de sua ajuda para manter forte a Coroa Portuguesa, tal dia teve gravado em nossa história como o Dia do Fico; para muitos foi o começo e também ansioso para a Proclamação da Independência depois de 8 meses no mesmo ano, mas tal corrente insatisfatória era mais antiga e desagradava a família imperial portuguesa.
Em tão curto tempo , após o 7 de Setembro, começou o tão novo Império Brasileiro através da primeira Assembleia Constituinte ser formada para criar a nosso molde político; e aqui trago uma observação que pouco se fala; a tal Noite da Agonia que ocorrida na madrugada de 12 de Novembro de 1823, D.Pedro I mandou o Exército invadir o Plenário da Assembleia Constituinte, que não resistiu, não conseguindo evitar sua dissolução. Vários deputados foram presos e deportados, entre eles os irmãos Andradas, José Bonifácio (o Patriarca da Independência), Martim Francisco e Antônio Carlos.
Em documento assinado pelo Imperador e seus conselheiros em 13 de novembro de 1823, adotou-se, além da expatriação de ex-deputados, outras medidas repressivas — quais sejam, a vigilância policial sigilosa em locais de reunião e a prisão de quem se envolvesse em discussões públicas.
Tal fato histórico muito me fez ver no presente uma mesma vontade de muitos em relação ao Presidente Bolsonaro e demais instituições de Poder, e algumas coincidências aos tempos do militarismo pós 1964 no país.
Podemos afirmar, que todas as atitudes de mudanças presentes no cotidiano do povo brasileiro desde a sua formação criou se uma ansiedade de progresso e prosperidade que muito é aguardada através de seus governantes e posteriormente estendida aos políticos.
De maneira bem simplista menciono que desde a proclamação pacífica da nossa República, já que insatisfeitos coma Monarquia incontáveis momentos de ansiedade nos atingiu, como a formação do primeiro governo, revoluções, a vinda da era Vargas, era JK, mudança da Capital ou Construção de Brasília, queda de Jango e renúncia de Jânio, a tentativa de parlamentarismo, movimento das diretas, as primeiras eleições diretas, mais recentemente a Lava Jato, enfim nosso espírito de calmaria nunca acontece, pois, não há consenso entre nós em prol da Pátria , continuando o jogo do sim ou não, do fora ou fica , do certo ou errado, direita ou esquerda… temos que avançar o dialógo de nossas diferenças para progredir.