Nesta quinta-feira, a Polícia Federal conduziu depoimentos de indivíduos ligados ao intrigante caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em suas viagens internacionais. Jair Bolsonaro, sua ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outros seis indivíduos receberam intimações simultâneas para prestarem depoimento.
Durante os depoimentos realizados na capital, Brasília, tanto Bolsonaro quanto Michelle optaram por permanecer em silêncio, como informado por suas respectivas defesas. A investigação está focada em desvendar um possível esquema de comercialização ilícita das joias que foram presenteadas.
A abordagem de coletar depoimentos simultâneos teve como objetivo evitar vazamentos das perguntas antecipadamente e a possível coordenação das respostas entre os depoentes. Além do ex-presidente Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, foram intimados a prestar depoimento Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Mauro Lourena Cid, general da reserva; Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro; Fabio Wajngarten, ex-chefe da Comunicação do governo Bolsonaro; Marcelo Câmara, assessor especial de Bolsonaro; e Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro.
Em grande parte dos depoimentos, contudo, a duração foi breve, não ultrapassando uma hora, pois os investigados optaram por não responder às indagações. Bolsonaro, Michelle, Wajngarten e Câmara permaneceram em silêncio. Em comunicado, as defesas dos quatro indivíduos alegaram que essa decisão foi motivada pela crença de que o Supremo Tribunal Federal (STF) não é a instância apropriada para conduzir a investigação.
