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Bernardo Hoppe Fischer: História do Cultivo de Arroz, Família e Futuro em Agudo

Bernardo Hoppe Fischer, juntamente com Larissa Kasburg, seus pais Rafael e Alexsandra Fischer, e seus avós Renato e Silda Fischer, residem na localidade de Várzea do Agudo, interior de Agudo, a 254 km de Porto Alegre.

Bernardo, junto com seu avô Renato, atualmente com 74 anos, começou o cultivo do arroz em 1965. Também cultivava outras culturas, como milho, mandioca e abóbora, tanto para consumo quanto para alimentar os animais. Naquela época, o plantio do arroz era feito com uma plantadeira a cavalo de duas linhas. A colheita era feita com foice à mão e trilhada com uma trilhadeira. O motor da trilhadeira era movido a gasolina. O arroz era vendido a Orlando Zimmer e o consumo interno era descascado no engenho dos Grutzmacher. O primeiro trator foi adquirido em 1971.

Até 1972, a irrigação era feita com uma máquina a vapor. Uma delas está no Instituto Cultural Alemão de Agudo, e a outra explodiu e está no fundo do Rio Jacuí. A primeira colheitadeira foi comprada em sociedade em 1979. “Naquela época, meu avô cultivava aproximadamente 20 hectares de arroz. No ano de 1982, foi comprado e instalado um secador de arroz em nossa propriedade, que secava a nossa produção e a dos vizinhos. O valor cobrado pela secagem era de 6% do produto. Em 2003, meu avô Renato assumiu a presidência da Cooperativa Comag, atualmente Cooperagudo. Em seguida, meu pai Rafael assumiu o comando da lavoura” comenta Bernardo.

Atualmente, cultivam 75 hectares de arroz. A produção foi boa, com uma média de 190 sacas por hectare. O preço está bom, mas caiu recentemente. No entanto, o custo de produção nesta safra foi muito alto. “Trabalhamos na produção eu, meu pai e um diarista. Por termos um silo, podemos secar e depois negociar o arroz. O arroz vermelho é um dos grandes problemas para nós. Meu avô Renato sempre fala que hoje temos facilidades para executar as atividades com o auxílio de máquinas e das novas tecnologias. Se não fossem essas mudanças, teríamos que ter mais áreas para produzir a mesma quantidade de alimentos”, declara Bernardo.

Bernardo, de 25 anos, concluiu seus estudos no ensino médio e decidiu prosseguir seus estudos em Santa Maria, onde obteve formação técnica em zootecnia. Posteriormente, ingressou na faculdade de zootecnia. Agora, próximo de se formar, Bernardo expressa seu grande interesse pela área animal. Ele e sua família criam ovelhas e gado, e seu objetivo sempre foi retornar para casa e aplicar os conhecimentos adquiridos na faculdade para melhorar suas atividades locais, aumentar a renda e promover um desenvolvimento contínuo. Trabalhar fora nunca foi uma meta para Bernardo, pois ele sempre se sentiu bem em casa. Seu pai, Rafael, enfrentou tempos difíceis nos últimos anos, com a queda no preço do arroz e também enfrentando enchentes. Apesar dessas adversidades, eles sempre lutaram e mantiveram um pensamento positivo, acreditando que as coisas iriam melhorar. Bernardo acredita que quando fazemos o que amamos, tudo se torna mais fácil.

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