Assim caminha a humanidade?

O que esperar de seres humanos que se vangloriam em torturar e matar outros seres humanos de diferentes ideologias, formas de viver, cor da pele, religião, cultura, amor? Tipos assim governam países e destituem governos que não lhes interessam, colocando Deus acima de tudo e os “diferentes” abaixo de todos. De generais Custer a militares de Ustra direita, há uma psicopatia genocida egocêntrica através dos tempos que cativa e influencia admiradores atuais e nos mostra o quão frágil é a evolução da humanidade.

O genocídio contra os Yanomamis no Brasil e a brutalidade repressiva da polícia e militares contra indígenas e camponeses no Peru ilustram bem isso, possuem as características de regimes autoritários travestidos de democracia. Contam com planejamento estratégico de extermínio, muitas vezes em conluio com a “Casa Grande” e seus serviços de inteligência, ávidos por manter uma geopolítica e riqueza unipolar.

A extrema-direita latino-americana alimenta-se de um mix de fanatismo e fuzis engatilhados, prontos a servir a uma pátria imaginária, ensinada em escolas superiores de guerra, onde foi aprendido que comunistas comem criancinhas. Recheados de teorias da conspiração, destilam fakenews nas redes sociais como um meio de manipular mentes crentes e esponjosas.

As consequências de tal sociopatia são exibidas na mídia, mas parecem não chocar a todos. Não são as crianças brancas dos grandes centros urbanos brasileiros que estão morrendo de desnutrição, doenças e contaminação por mercúrio nas aldeias indígenas. Não são os cidadãos de Lima que são assassinados por balas letais, e sim dezenas de indígenas e camponeses peruanos.

Governos e representantes que incentivam esses massacres, por omissão ou propósito, devem ser condenados. Necessitamos, mais do que nunca, de uma sociedade sadia, inclusiva, socialmente justa e ecossistêmica. Rever nossos modos de vida e de produção é imperativo.

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Ricardo Azambuja
Ricardo Azambujahttps://realnews.com.br/author/rica/
Jornalista e bancário, formado em Economia na UFSC, com pós-graduação em Ecologia e Cinema. Trabalhou como repórter, redator e subeditor de Variedades no jornal Diário Catarinense e escreveu matérias sobre politica para o blog O Cafezinho

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