Maria Ribeiro, a “Mulher Maravilha” do UFC (Foto: Divulgação / Brave)
A Mulher Maravilha, a super-heroína da DC Comics, tem como principais características: força e agilidade. A lutadora brasileira do UFC, Maria Ribeiro, justificou o apelido no mundo das artes marciais, relatando o seu ato de defesa contra um assediador sexual na sua cidade natal, ocorrido no último domingo, 28.
Indignada com o homem que estava se masturbando para ela, a mato-grossense perseguiu-o pelas ruas do bairro Jardim Vitória Régia, na capital Sinop. A lutadora deferiu alguns golpes e o finalizou com um movimento chamado cruzado no seu queixo que o fez cair. No chão, Maria partiu para cima dele para continuar batendo, porém foi impedida por pessoas que acompanhava as cenas.
A polícia chegou ao local, realizou o Boletim de Ocorrência (BO) e deteve o assediador. Porém, na segunda-feira, 29, um dia depois do ocorrido, o indivíduo já estava livre – embora pudesse ter continuado preso, caso fosse enquadrado no crime de importunação sexual, previsto no Artigo 215-A do Código Penal.
Em entrevista ao Combate.com, a atleta do peso-mosca (até 52 kg) falou sobre sua reação negativa ao saber da liberdade do homem que a assediou. “Fui hoje (segunda-feira) cedo na delegacia para ver se eu poderia fazer mais alguma coisa para mantê-lo por lá, se precisavam de testemunha… Ele já foi solto. Isso me revolta. Se eu soubesse que ia ser solto, teria espancado para ele não conseguir nem andar. Dá nojo, pavor desse tipo de gente, porque é assim que começa. É o primeiro estágio do estupro. Espero que tenha aprendido uma lição, que pegue medo de fazer um “trem” desses.”, disparou.
“Foi uma coisa muito séria. Eu estava com uma roupa delicada, blusa fluorescente. Ele nunca imaginaria na vida que a gente ia pegá-lo. Toda vez que olhar para uma mulher, agora, vai pensar duas vezes em aliciar, em se masturbar. É triste ele estar solto. Enquanto não estuprar e matar, não acontece nada.”, completou.
Cristiano Marcello, mestre na academia CM System, foi a primeira pessoa que a “Mulher Maravilha” contou a história revoltante e ficou orgulhoso com a situação, porque tem muita mulher que não sabe se defender. Em casa, Maria continua com os treinos e, às vezes, vai à academia onde ela cresceu. No próximo mês, a lutadora pretende retornar à Curitiba e reencontrar seu treinador, no intuito de realizar três lutas ainda neste ano pelo Brave Combat Federation.
Outro caso com uma lutadora brasileira do UFC foi registrado em janeiro do ano passado. A vítima naquela ocasião foi a lutadora peso-palha do UFC, Polyana Viana, que reagiu a um assalto e registrou o incidente com fotos. Abordada na porta do seu condomínio, quando esperava um carro, a atleta agrediu com socos e chute o assaltante e o dominou ao perceber que a arma utilizada era falsa.
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