A apresentadora Beni Rae Harmony anunciou sua saída da WICS, afiliada da ABC em Springfield (Illinois), depois de ter sido suspensa pela emissora por exibir no ar, na sexta-feira (12), um tributo ao ativista conservador Charlie Kirk, morto em 10 de setembro durante um evento na Utah Valley University, em Orem (Utah). No encerramento da transmissão, Harmony descreveu Kirk como seu “mentor” e destacou a influência dele em sua trajetória profissional.
Em seguida, a jornalista comunicou que pediu demissão, afirmando que a suspensão foi determinante para a decisão. Em nota publicada no Facebook, ela disse que a escolha reflete seus princípios pessoais e patrióticos — valores que, segundo escreveu, não abriria mão para preservar o emprego.
No X (antigo Twitter), Harmony afirmou ter sido a primeira profissional a sofrer punição por prestar homenagem a Kirk, enquanto apresentadores que teriam ironizado a morte do ativista, de 31 anos, foram desligados por suas empresas.
Effective immediately, I have resigned from @WICS_ABC20 after being SUSPENDED for airing a non-partisan tribute to Charlie Kirk this past Friday.
Many in the mainstream media have been fired or punished for mocking his assassination. I believe I am the first to be targeted for… pic.twitter.com/y41QOWDBl5
— Beni Rae Harmony (@BeniRaeHarmony) September 15, 2025
A polícia identificou Tyler Robinson, 22 anos, como o principal suspeito do assassinato. Kirk foi atingido fatalmente durante a aparição no campus da Utah Valley University. As autoridades apontam acusações de homicídio qualificado, entre outros crimes.
A repercussão do caso atravessou outras instituições. O analista político Matthew Dowd deixou a MSNBC após comentários feitos durante cobertura ao vivo, e um cirurgião do Englewood Health, em Nova Jersey, renunciou ao cargo após publicações que teriam celebrado a morte de Kirk. No mesmo episódio, uma enfermeira que denunciou o comportamento do médico foi posteriormente reintegrada pelo hospital.